Adriano de Carvalho
Renato Portaluppi, que completa 40 dias à frente do Grêmio neste sábado, reanimou a equipe e deixou o time a um passo da decisão da Copa do Brasil. Após a saída de Roger, o time fez ótimas atuações contra Cruzeiro e Palmeiras e ostenta uma sequência de seis jogos sem derrota. Mas uma dúvida persiste: o quanto a dinâmica de jogo tem de herança do antigo técnico e o quanto tem da mão de Renato?
Foram 10 jogos sob o comando de Portaluppi e um aproveitamento de 60%. Neste período, o Grêmio adotou um estilo mais vertical, mas não abandonou o toque envolvente. Tanto que no primeiro gol na vitória por 2 a 0 sobre o Cruzeiro, quarta-feira, o time trabalhou a bola por 60 segundos, com 53 toques antes de Luan guardá-la no ângulo adversário.
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Comentarista do canal SporTV naquele jogo no Mineirão, Roger Flores entende que Portaluppi tem méritos por aproveitar o que já dava certo na equipe.
– O time sempre tenta sair jogando. É um legado do Roger, e o Renato demonstra sabedoria em manter isso e até aprimorar – observa Flores.
No aspecto defensivo, é visível a evolução com Renato. Afinal, a equipe sofreu só cinco gols - sendo apenas um de bola aérea, o grande problema defensivo do time neste ano.
Para Gustavo Fogaça, analista de desempenho e comentarista da Rádio Gaúcha, a marcação com encaixe individual foi melhor assimilada pelos defensores do que o formato por zona. Na opinião de Fogaça, a recuperação de Ramiro, o protagonismo dado a Douglas e o ataque veloz são outros acertos de Portaluppi.
– Com Renato, o Grêmio tem menos posse de bola e erra mais passes. Mas ataca mais rápido, dando menos passes para marcar um gol – explica.