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Inaugurada em dezembro de 2012, com o amistoso entre Grêmio e Hamburgo-ALE, a Arena do Grêmio recebe nesta quarta (28) seu 153º jogo oficial.
Indiferente ao emaranhado jurídico que impede que sua gestão passe ao controle do clube e às dificuldades de acesso, o torcedor tem sido um assíduo frequentador de suas cadeiras e camarotes.
Nessas 152 partidas, o público total acumulado, de acordo com informações de Marcelo Jorge, presidente da gestora Arena Porto-Alegrense, é de 3,7 milhões de pessoas. A média é de 24,3 mil espectadores a cada jogo. Esses números só são inferiores aos registrados nas arenas de Corinthians e Palmeiras.
– Futebolisticamente, a torcida já se sente dona do estádio. Faltava, para isso, algo fundamental, que aconteceu com a conquista de um título lá dentro. Alguma rejeição ainda existe pelos aspectos comerciais, que o Grêmio não pode explorar a pleno – comenta o presidente Romildo Bolzan Júnior.
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Com resignação, já que a decisão não passa somente pelo clube, Bolzan diz não ver, dentro de curto prazo, solução para a compra da gestão. O mesmo se aplica ao entorno, que passa por uma negociação entre prefeitura e OAS.
– Ainda não jogamos a toalha, mas o cenário é muito complicado. Acho até que está mais longe. O Grêmio fez tudo o que podia fazer. Não vejo muita disposição das partes para a solução – lamenta o dirigente.
O recorde de público pertence a Grêmio e Atlético-MG, dia 7 de dezembro, pela decisão da Copa do Brasil. Naquela noite, 55.337 mil pessoas estiveram no estádio. Esta marca esteve bem próxima de ser superada domingo passado, na partida entre Grêmio e Corinthians. Considerado uma final "simbólica" do Brasileirão, o jogo atraiu 54.022 pessoas.
Como o ano é repleto de jogos decisivos, tanto pela Copa do Brasil quanto pela Libertadores, não é difícil concluir que a quebra de recorde não irá tardar.
– Os números impressionam e demonstram a paixão do torcedor pelo clube. Implantamos um modelo de gestão que busca cada vez mais a valorização do nosso torcedor, gerando uma fidelização e um sentimento de pertencimento na nova casa. Estamos diante de uma nova era, a era Arena– destaca Marcelo Jorge.