
Maicon está fora do primeiro jogo da semifinal da Copa do Brasil. Nem treinou nesta segunda-feira, com dores no tendão de Aquiles, e resolveu um problemão de Renato Portaluppi para montar o time que enfrentará o Cruzeiro. Sem o volante, o Grêmio vai com Arthur na quarta-feira. E isso, embora toda a liderança do capitão, deixa mais acelerado e mais agudo o time.
Renato já havia deixado Arthur no banco de reservas contra o Godoy Cruz. Alegou maior rodagem de Maicon. Esse, realmente, é um argumento incontestável. Mas, por ele, Pelé não teria brilhado na Copa de 1958 aos 17 anos, tampouco Ronaldinho teria demolido o Inter e ganho um Gauchão par ao Grêmio com 19 anos em 1999.
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Arthur é uma preciosidade que o Grêmio tem. Por uma razão simples: ele faz o time andar mais rápido sem que ele perca a qualidade do passe de Maicon. O que os jogadores comuns fazem em dois movimentos (dominar e girar para o passe), ele faz em um só. Me parece que ele pensa uma fração de segundo antes o lance. E friso o "me parece" porque não tenho base científica para tanto.
O concreto é que não é de graça que Tite, na entrevista depois da convocação de quinta-feira, avisou que o observava com olhos muito atentos. Portanto, a ausência de Maicon abre caminho para Arthur contra o Cruzeiro. E isso torna o Grêmio ainda mais forte.