
O gramado do estádio Beira-Rio chega a sua prova derradeira na Copa, no jogo entre Alemanha e Argélia, cercado de cuidados. Mais grama foi plantada na pequena área da goleira localizada no lado do Gigantinho, onde os danos do uso intenso são visíveis.
Em apenas 16 dias, o estádio recebeu quatro jogos e nove treinamentos, e o desgaste foi agravado pelo inverno gaúcho.
A organização da Copa sustenta que há boas condições de jogo. Neste domingo, segundo a assessoria de imprensa do Inter, o técnico alemão Joachim Löw teria dito a um funcionário do clube que o campo é o melhor que a equipe já jogou no Brasil.
Uma reportagem sobre o estado dos gramados no país, publicada pelo jornal Folha de S.Paulo no final de semana, sustenta que o Comitê Organizador Local (COL) e a Fifa considerariam o caso do Beira-Rio "o mais problemático". Em nota, o COL admite um "pequeno desgaste" e lembra que não recebeu queixas de nenhuma seleção. Gerente do COL em Porto Alegre, o ex-jogador de vôlei Paulão rechaça críticas:
- É um gramado consolidado, tem mais de um ano. Tivemos um ótimo preparo do campo.
Para o especialista Marcelo Matte, diretor da empresa responsável pelo fornecimento da grama do Beira-Rio e dos estádios de Cuiabá, Manaus e Curitiba, a falta de um equipamento de iluminação artificial não é a principal causa dos danos verificados junto às goleiras:
- Foi um erro grotesco da Fifa permitir treinamentos pesados em cidades com inverno rigoroso como Porto Alegre e Curitiba. Esses treinos têm o impacto equivalente ao de um jogo.
Matte acredita que daqui a três semanas o gramado do Beira-Rio voltará a apresentar perfeitas condições de jogo. O COL informou que cada sede teve um estudo detalhado para a manutenção do gramado.