
Segundo o Ministério Público, o consórcio formado por três empresas, responsável pela instalação das estruturas temporárias no Beira-Rio para a Copa do Mundo, ainda não conseguiu justificar o gasto de R$ 5 milhões dos R$ 24 milhões apresentados como custo total na execução do serviço.
O responsável por levantar a verba para pagar o consórcio é o Inter, que tem até o final de outubro para captar os R$ 24 milhões junto a empresas parceiras. Estas, por sua vez, serão reembolsadas por meio de isenções em impostos estaduais. O clube diz já ter arrecadado R$ 20,5 milhões para quitar a dívida. Destes, R$ 9,5 milhões já foram repassados ao consórcio.
Conforme o promotor do Patrimônio Público, Nilson Rodrigues Filho, em entrevista à Rádio Gaúcha, o consórcio, formado pelas empresas Fast Engenharia e Montagens S.A., Rohr S.A. Estruturas tubulares e Pazini Som, Luz e Festas LTDA, só poderá receber o restante da verba caso esclareça todos seus gastos.
- Os próximos pagamentos dependem de uma análise das pendências que já foram apuradas. Hoje são cerca de R$ 5 milhões ainda não bem esclarecidos - diz o promotor.
Contatadas por ZH, as empresas Fast Engenharia e Rohr S.A. emitiram nota oficial conjunta em que afirmam que "ainda que o contrato com o Internacional não exigisse, o consórcio mandou para o Ministério Público, em agosto, o detalhamento completo dos gastos com estruturas temporárias na arena do Colorado".
A nota segue explicando que o MP solicitou mais esclarecimentos nesta segunda, e que as dúvidas foram respondidas pelas empresas na quarta-feira. O documento ainda reitera que "está cumprindo com todas as solicitações referentes ao trabalho desenvolvido na instalação das estruturas temporárias do Beira-Rio".