A negociação para a transferência de Otávio para o Porto foi rápida e, em uma análise rápida, benéfica ao Inter, torcedor e ao técnico Abel Braga. Giovanni Luigi e a direção de futebol conseguiram uma quantia considerável para diminuir os gastos do clube e o elevado (e suplementado) orçamento para o restante da temporada sem mexer nos titulares do treinador. Melhor: seguraram no Beira-Rio o chileno Charles Aránguiz - indispensável para as pretensões em 2014.
A jogada com os portugueses se torna ainda melhor quando se é conhecido os bastidores da transação. Por meio do empresário Giuliano Bertolucci, uma proposta do Benfica chegou à mesa do presidente Giovanni Luigi. Um dos principais clubes da terra de Pedro Álvares Cabral tinha interesse na joia colorada e estava disposto a pagar 7 milhões de euros pelo garoto de 19 anos. Luigi aceitou na mesma hora. Contudo, os lusos recuaram. Algumas dezenas de dias depois, outra proposta foi encaminhada aos gabinetes da presidência, desta vez, o Porto, também de Portugal, desejava o prata da casa.
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E aqui está a novidade: as cifras conhecidas eram de 5 milhões de euros, sendo 50% delas para o Inter (pouco mais de R$ 14 milhões). O restante seria rateado entre Otávio, um grupo de empresários japoneses e os representantes do jogador no Estado. Porém, apenas o Inter lucrou com a negociação. E não 2,5 milhões de euros, mas 3,25 milhões de euros. Luigi vendeu, apenas, os 50% dos direitos do jogador que cabiam ao Inter. Os 15% de Otávio, os 20% dos empresários e os outros 15% dos orientais não entraram na parada. Com isso, apenas o Inter lucrou com a venda de Otávio: R$ 9,6 milhões.
