Leandro Behs
Outubro será um mês decisivo para o futuro do Inter. No dia 31, se encerra o prazo para inscrições de chapas à eleição presidencial e para a renovação de 150 das 346 cadeiras do Conselho Deliberativo. Marcelo Medeiros, Vitorio Piffero ou Luis Antônio Lopes e Roberto Siegmann surgem como os postulantes à sucessão de Giovanni Luigi.
O Convergência Colorada (CC) analisa uma aliança. Poderá coligar com situação ou oposição. Mas não descarta apresentar candidatura própria. Neste caso, Sandro Farias ou Humberto Busnello ou João Patrício Hermann será o escolhido.
Com quase cinco anos de existência, o Convergência é o grupo político com o maior número de conselheiros: 78. Sonha assumir a gestão do clube, mas, sozinho, não tem condições de avançar ao segundo turno. O número mágico para não parar no salão nobre do Conselho é 115 (votos).
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Por isso, o CC surge como o principal parceiro a ser buscado para quem deseja superar sem sustos a eleição no Conselho Deliberativo e avançar com força ao pátio, atrás do voto do associado.
Na semana passada, o Convergência lançou o seu plano de gestão e se reuniu com o candidato situacionista Marcelo Medeiros. Nesta terça-feira, se encontrará com Vitorio Piffero. Líderes do CC reconhecem que não será fácil. Ex-presidente do Inter, com mandato de 2007 a 2010, Piffero ainda estuda o quadro político do clube e evita falar sobre a sua possível candidatura.
- É muito cedo. As chapas serão definidas no fim do mês, horas antes da inscrição (em 31 de outubro) - disse o presidente bicampeão da Libertadores.
Vitorio Piffero entende que a reunificação da antiga gestão seria o ideal para o clube. O fratricídio da eleição de 2010 (que colocou Giovanni Luigi contra Pedro Affatato), porém, mais as rusgas sobre a forma como reformar o Beira-Rio, só fizeram aumentar as brigas entre os antigos aliados. Hoje, a reunificação parece algo impossível.
- Temos de tratar de fazer uma imensa coalizão, e não vejo isso ocorrendo. O Inter não pode seguir o rumo de brigas internas, como ocorreu no Grêmio. A coalizão levou o Inter às grandes vitórias. No futebol, tudo é possível, mas não vejo muitas chances de isso ocorrer - criticou Piffero.
Do "sim" de Piffero depende também o posicionamento público de Fernando Carvalho. Nos bastidores, se especula que o presidente campeão do mundo vá apoiar Vitorio Piffero, mas apenas se ele for candidato à sucessão de Luigi. Caso contrário, Carvalho votaria em Medeiros - que pertence ao Movimento Inter Grande, do qual Carvalho e Piffero são fundadores.
Alijados da disputa à presidência, por não terem conselheiros eleitos como candidatos, dois grupos buscam cadeiras no Conselho Deliberativo: O Inove Inter, que tem como principal liderança o ex-vice de futebol Luciano Davi (responsável pelas contratações de Diego Forlán e de Rafael Moura e que renunciou ao Conselho em 2013). E O Povo do Clube, formado em sua maioria por associados que jamais se candidataram ao Conselho.
Quem assumir a gestão, a partir de janeiro, receberá um clube com um orçamento projetado para mais de R$ 260 milhões na temporada, com um quadro social que passará a render R$ 7,5 milhões ao mês, com um grupo montado, mas que precisará tratar da renovação de contrato de D'Alessandro (cujo vínculo de encerrará em agosto), um novo CT a ser construído na cidade de Guaíba, a parceria a ser azeitada com a Brio e, sobretudo, começar a tratar da exploração do milionário entorno do complexo Beira-Rio.
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