Ele foi o grande nome da rodada do final de semana. Saiu do banco para marcar no domingo, diante do Goiás, o gol que manteve o Inter seguir sonhando com uma vaga na Libertadores de 2015. Mas Paulão fez mais. Ainda que faltem três rodadas para o fim do Brasileirão, o zagueiro, certamente, fez um dos gols mais bonitos do campeonato.
De bicicleta, Paulão estufou a rede de Renan, no Beira-Rio. Viu os companheiros comemorarem em sua direção e não esboçou reação. Ficou sério e nem sequer falou com a imprensa na saída para o vestiário.
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Dois dias depois, ele quebra o silêncio em entrevista coletiva e fala de como é entrar vaiado no jogo e sair aplaudido:
- Estávamos brigando pelo título até rodadas atrás. Quando não acontecia (o time perdia), tínhamos a vaia da torcida. Estamos dentro de campo, buscamos sempre o nosso melhor. O torcedor é muito estranho. Estamos brigando pela Libertadores, e a torcida vaia. Então, às vezes, fico sem entender algumas situações. Mas eu não vou conseguir mudar nada - disse o defensor colorado.
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Segundo o próprio Paulão, fazer o gol mais bonito de sua carreira não lhe devolverá a titularidade.
- Fiz gols contra o Figueirense (quando o Inter perdeu por 3 a 2, em setembro) e, depois, levei a culpa outra vez. O Alan e Ernando vinham fazendo bons jogos, e a culpa cai sempre nos defensores. Não é isso que vai me colocar como titular - acredita Paulão.
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E quem pensa que aquela bicicleta tem uma pitada de sorte, engana-se. O zagueiro garante que treina muito e, no dia anterior, havia participado de uma jogada semelhante com Rafael Moura. O centroavante, inclusive, teria lembrado do lance na hora da comemoração.
- Eu já fiz coisas assim em treino. Ali, a bola subiu e a única coisa que tinha de fazer era puxar a bicicleta. Teve um lance parecido, de jogo com o Moura. Eu cruzei e ele fez de bicicleta. E ele veio me dizer que lembrou do lance. E eu disse: a diferença é que desta vez eu que dei a bicicleta - riu.
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