
O sorriso largo e fácil evidencia o final de ano dos sonhos do jovem Taiberson. O gol marcado contra o Palmeiras no último sábado, em um Beira-Rio com mais de 40 mil pessoas, aponta um 2015 promissor.
Além de cair nas graças de Abel Braga, ganhar a confiança do grupo e ser adotado pela torcida, o vínculo, que antes ia até dezembro, será estendido e a renovação por mais três anos - com multa para o exterior de 60 milhões de euros - é a tendência.
Fã de Adriano Imperador, Taiberson é introvertido. Mas se expressa muito bem. Responde as perguntas com um misto de timidez e objetividade. Às vezes, sorri. Parece lembrar que há menos de um mês buscava espaço no Inter com os demais companheiros de sub-23 e que hoje treina ao lado de Aránguiz, Alex, Rafael Moura e D'Alessandro.
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Casou-se no ano passado com a curitibana Ana Paula, mãe de Davi. Conheceu a mulher na igreja, na temporada em que morou em Curitiba - por isso o nome bíblico do filho de um ano e 10 meses.
- Sou caseiro e gosto de programas família. Casar cedo foi a melhor atitude da minha vida - afirma o jogador.
É a segunda passagem de Taiberson Ruan Menezes Nunes pelo Inter. O jogador de 1m71cm e 21 anos desembarcou no Beira-Rio em 2005, quando tinha 12 anos. Permaneceu por quatro temporadas e, sem viver um bom momento, acabou no Atlético-PR.
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Chegou a ficar quase um ano sem atuar, treinando por conta própria, em Alegrete, sua terra natal. De origem humilde, manteve o foco na continuidade da carreira com o intuito de dar uma vida melhor para a família.
- Lá em Alegrete todo guri pensa jogar futebol. Eu sempre me espelhei no meu irmão (o lateral-direito Douglas Tuchê, que também já jogou no Inter, hoje atleta do Bangu). O futebol pode dar uma boa condição para meus familiares - conta a promessa.
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Taiberson soube que seria titular do Inter, sábado, horas antes do confronto contra o Palmeiras. No treino fechado da quinta-feira, foi opção do técnico Abel Braga quando Jorge Henrique sentiu uma lesão muscular.
A dúvida sobre a presença do ex-corintiano e as demais formações testadas pelo treinador fizeram com que o jovem adotasse cautela em relação à titularidade. Acabou como a surpresa na escalação proposta por Abel, com gol marcado e uma atuação destacada na vitória que garantiu o Inter na Copa Libertadores de 2015.
- A sensação de marcar um gol é inexplicável. Sempre sonhei jogar na equipe principal do Inter. Eu sou colorado desde pequeno. Quando fiz o gol eu pensei: "Fiz um gol no Beira-Rio, na frente desta multidão". Foi um dia perfeito - resume Taiberson.
ORIGEM DO NOME
O nome incomum foi uma invenção da mãe, Sônia. A dona de casa tinha fascínio por uma criança no bairro em que moravam. Chamava-se Tailerson. A letra "ele" foi trocada pela "bê" no registro de nascimento e estava criado Taiberson.
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