Giovanni Luigi passará as chaves do Beira-Rio para Vitorio Piffero no dia 5 de janeiro. Em quatro anos como presidente do Inter, Luigi enfrentou inúmeros problemas. Já começou a administração recebendo um time marcado pela histórica derrota para o Mazembe. Em Porto Alegre, enormes máquinas caminhavam sobre os destroços do que um dia foi a social do Beira-Rio. A obra para a Copa do Mundo havia se iniciado, ainda que aquele fosse apenas o começo de um drama que se estendeu por mais 14 meses, até que a parceria com a Andrade Gutierrez fosse consolidadas, através de um ultimato da presidente Dilma Rousseff.
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Mas os problemas se sucederam: da crise com o vice de futebol Roberto Siegmann, à batalha judicial com o São Paulo por Oscar, o Caso Jô, o Beira-Rio em ruínas, os jogos em Caxias do Sul e em Novo Hamburgo, os técnicos Celso Roth, Paulo Roberto Falcão, Dorival Júnior, Fernandão, Osmar Loss, Dunga, Clemer, Abel Braga, os investimentos nos estrangeiros Bolatti, Cavenaghi, Dátolo, Forlán, Scocco, Aránguiz, Luque, além de medalhões como Dagoberto, Juan, Dida, Willians, Alex e Nilmar. Leandro Damião foi a grande venda de seus mandatos, ainda que a de Oscar para o Chelsea tenha sido a mais rumorosa.
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Ainda assim, Luigi manteve a média de conquistar ao menos um título por ano. Ganhou todos os Gauchões, conquistou a Recopa de 2011, venceu a batalha pelas estruturas temporárias exigidas pela Fifa (e cujos R$ 24 milhões foram pagos através de renúncia fiscal), entregou um Beira-Rio novo e de propriedade do Inter, viu a Copa do Mundo em seu estádio e, ao finalizar o mandato, obteve para o clube um amplo terreno em Guaíba, onde será erguido o novo CT.
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A seguir, os principais trechos da entrevista de Luigi sobre os últimos quatro anos de gestão:
O senhor começou as conversas para a contratação do atacante Fred?
Giovanni Luigi _ Tem outros nomes. Mas uma coisa que o clube conquistou nos últimos anos, na última década, foi: Todo mundo quer jogar no Inter. Isto aqui é o paraíso. Pega o D'Alessandro e pergunta: "O que tu achas do Fernando Carvalho, do Luigi?". Aqui, é tudo olho no olho. Não atrasei nada, um dia sequer. Se tivesse que atrasar, chamaria e diria: "Olha, não vou conseguir pagar no dia". Falaria na cara. Isto é um tratamento, é a maneira certa de fazer as coisas.
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