
Diego Aguirre começou a montar o seu Inter. Em um primeiro treino sui generis, na tarde desta quinta-feira, no Estádio Montanha do Vinhedos, em Bento Gonçalves. E ele começou assim: Alisson; Léo, Ernando, Réver e Fabrício; Willians, Aránguiz, DAlessandro, Alex e Valdívia; Nilmar.
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Com os portões fechados, a imprensa só teve acesso aos 20 minutos iniciais de aquecimento. Nesta parte, Nilton estava separado dos demais - pela manhã, ele havia realizado fisioterapia; tinha uma proteção ligeiramente abaixo do joelho direito.
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Conforme pessoas que assistiram ao treino, em meio ao coletivo, Aguirre trocou Réver por Paulão, Fabrício por Alan Ruschel e Alex por Sasha. O treinador uruguaio deseja montar um Inter com forte proteção defensiva e com velocidade para atacar.
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Aos poucos, o Inter vai se adaptando às peculiaridades do trabalho de Aguirre. No quinto dia de pré-temporada em Bento, o treinador colocou em prática mais um de seus métodos: o treino fechado. Algo que surpreenderia até mesmo Abel Braga, o técnico que mais vezes cerrou os portões nestes últimos tempos de Beira-Rio.
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Aguirre era conhecido na imprensa uruguaia por não permitir que os seus treinos fossem analisados, fotografados e tampouco filmados. Na frente do CT de Los Céspedes, a casa do Peñarol, em Montevidéu, uma fila de carros de rádios, sites, jornais e TVs se formava enquanto o coletivo da equipe se desenvolvia.
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O pedido de fechar os portões da Montanha dos Vinhedos partiu diretamente de Diego Aguirre. Queria maior privacidade para realizar o primeiro coletivo com os seus novos comandados.
Aguirre fechou o treino para treinar algumas mudanças táticas em meio ao trabalho e para testar alternativas na equipe. Queria ter maior privacidade neste trabalho e que os treinos haverá muitos treinos abertos. Equipe para enfrentar o Ju ainda não está definida
Mas, ao lado de fora, cerca de cem torcedores passaram a protestar. Ainda que o clube tenha informado em seu site oficial que o trabalho seria realizado sem a presença dos torcedores (a alegação oficial foi por causa de obras no estádio, o que não procede), os colorados se mostraram indignados com a medida.
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- E querem mais sócios ainda? A gente vem de longe para prestigiar o time e não pode entrar - protestou o sócio Maurício Lamb, 57 anos, que viajou quase 300 quilômetros, desde Candelária, para ver o time de 2015.
A indignação dos torcedores demorou cerca de 30 minutos. Ao final do treino, quando os jogadores já alongavam, um portão lateral foi aberto. A torcida entrou, se agarrou no alambrado e a irritação se tornou vibração:
- Inter, Inter, Inter - gritavam.
Percebendo a manifestação da torcida, que passou do desgosto ao incentivo, DAlessandro capitaneou os demais jogadores. Foram ao encontro da massa. Autógrafos, fotos e selfies fizeram a festa daqueles que resistiram aos portões fechados.
- Agora estamos felizes. Mas tomara que o Aguirre não faça mais isto - concluiu Lamb, que ao lado do filho, Mateus, conseguiu autógrafos de DAlessandro, Rafael Moura e Réver.
Os jogadores do Inter acabaram virando o jogo com a torcida, em dia de surpreendente treino fechado.
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