
No final de semana em que completou 106 anos, o Inter venceu o Passo Fundo no Beira-Rio por 2 a 0, gols de Valdívia e Passo Fundo, e confirmou a melhor campanha na primeira fase do Gauchão. Jogará em casa as quartas de final na próxima quarta-feira contra o Cruzeiro.
Apesar do placar tímido no Beira-Rio, os pouco mais de 12 mil torcedores que foram ao estádio puderam assistir a uma das melhores atuações coletivas do time de Diego Aguirre na temporada. Troca de passes rápidos, domínio de bola, controle dos setores, aproximação entre os volantes e os meias, consistência defensiva. Tudo o que se pedia do time nas últimas semanas. Foi a sétima vitória consecutiva no Gauchão, e o sétimo jogo seguido sem sofrer gols.
O Inter se jogou ao ataque logo no início do jogo no Beira-Rio. Valdívia, William, Nilmar e Vitinho testaram Juliano em uma série de chutes em que o goleiro do Passo Fundo poderia ser eleito o melhor da partida com as quatro defesas em sequência em menos de 10 minutos de partida. O perigo proporcionado pelo Inter em muito teve a ver com posse de bola e troca de passes em velocidade, principalmente no meio-campo. Mesmo sem o camisa 10 D'Alessandro - que viajou para Buenos Aires com a família em uma "folga programada" - Alex, Valdívia e Vitinho proporcionavam não apenas rapidez no setor, mas qualidade na triangulação.
Ainda que a partida tenha perdido intensidade a partir dos 15 minutos, só o Inter jogou na primeira etapa no Beira-Rio. O Passo Fundo, quando muito, apostava nos contra-golpes e na velocidade do goleador Michel. Isolado no ataque, o artilheiro do Gauchão era presa fácil para os botes de Paulão e Réver. A facilidade da dupla de zaga colorada era tamanha que Réver, mais de uma vez, se aventurou ao ataque.
- Está um jogo difícil, truncado. Se capricharmos mais na finalização no segundo tempo poderemos ter mais êxito. Parece que estamos ansiosos na hora da finalização - resumiu Réver ao final do primeiro tempo.
O Inter voltou para a etapa final com o mesmo ímpeto do início da partida. O pecado se mostrava sempre no momento da finalização. Ou esbarrava no competente goleiro Juliano ou no paredão de cinco, seis jogadores proposto pelo técnico Beto Campos.
Como só o Inter atacava, Diego Aguirre retirou Nilton e apostou em Luque e mandou Rafael Moura a campo para a vaga de Vitinho. O Inter melhorou. O centroavante entrou em campo aceso. Obrigou Juliano a duas ótimas defesas aos 22 minutos, de pé esquerdo, e de cabeça, dois minutos depois. Luque aumentou a velocidade do Inter.
Virou treino. E, de tanto pressionar, o gol era questão de tempo. Aconteceu aos 26, quando Valdívia apenas escorou um ótimo cruzamento de William. Depois, com mais chances, o gol do placar final só saiu aos 42: em contra-ataque rápido, Alex pegou a sobra de Luque e encheu o pé para fazer o 2 a 0.
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