
Diego Aguirre deixou Valdívia no time de reservas e escalou Jorge Henrique. Primeiro, é preciso ter coragem para tomar essa decisão. Afinal, se trata da revelação do Inter na temporada cedendo espaço para o veterano que a torcida custa a engolir.
Mas mesmo que essa decisão pareça aberração em um primeiro momento, Aguirre tem suas motivações para tanto. Pelo menos, acho que as tem e tentarei entendê-las:
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1) O uruguaio parece já esboçar o modelo de time para pegar o Tigres. Com Nilmar e Lisandro López no ataque, ele tem optado por linha de quatro no meio: D'Alessandro aberto na direita, Dourado e mais um volante no meio e um outro jogador aberto na esquerda. Se estiver recuperado, Sasha será esse jogador. Jorge Henrique é quem tem características mais parecidas às de Sasha na hora de recomposição.
2) Valdívia também pode executar essa função, é verdade. Mas se desgasta demais e, como volta de lesão, seria temerário exauri-lo logo de cara.
3) O Inter precisa ganhar do Santos. Sem Géferson e com Ernando na zaga, o lateral-esquerdo da hora é Alan Ruschel, que não tem na marcação uma virtude. Talvez isso também reforce sua ideia de usar Jorge Henrique.
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Vale acrescentar aqui também que Valdívia é visto por Aguirre como trunfo para o decorrer das partidas. Se Sasha estiver inteiro e disponível contra o Tigres, o técnico pode repetir a estratégia usada contra o Atlético-MG, quando colocou Valdívia para decidir.
O campo no domingo mostrará se o caminho adotado por Aguire é o correta. Pelo menos, uma certeza já temos: o Inter mergulhou de vez na semifinal da Libertadores.
*ZHESPORTES