
Wellington Martins está de volta. O volante de 24 anos deve ser relacionado para a partida de sábado, contra o Corinthians, após sete meses longe dos gramados devido a uma cirurgia no ligamento cruzado do joelho esquerdo. Será a terceira vez que o paulista enfrenta um longo período no departamento médico e tenta retomar a carreira após uma intervenção considerada delicada para um jogador de futebol.
Cria da base do São Paulo, Wellington sofreu a primeira lesão no joelho em 2010, quando era o capitão da seleção brasileira sub-20. Foram quase 220 dias parado, entre cirurgia, sessões de fisioterapia e recondicionamento físico no Morumbi. Dois anos depois, quando era treinado por Emerson Leão, sentiu novamente o joelho esquerdo. Foram mais seis meses sem disputar uma partida oficial.
Wellington chegou ao Inter no final do primeiro semestre de 2014. Ganhou a confiança de Abel Braga após alcançar o topo das principais estatísticas do time no Brasileirão. Seu aproveitamento em desarmes chegou a 78,9% de eficiência. Ao lado de Willians, ajudou o clube a enfileirar uma série de cinco jogos sem perder e fez o torcedor sonhar com o título nacional. Em outubro, nova cirugia. Mais fisioterapia. Novo trabalho de recondicionamento.
Prestes a encerrar seu contrato com o Inter - o vínculo acaba no final de agosto - Wellington atendeu a Zero Hora. Falou sobre a série de problemas físicos, o crescimento psicológico ao superar as lesões e o desejo de permanecer no Beira-Rio para retribuir o apoio que recebeu no período afastado.
Você teve três lesões sérias no joelho. Como você está fisicamente?
Na verdade, eu já estou 100%. Tenho trabalhado muito forte durante os sete meses. Agora, é uma questão de adaptação. Claro que falta ritmo de jogo, estou há muito tempo sem jogar. Mas eu estou bem, estou no peso certo. Venho trabalhando muito forte para estar à disposição o quanto antes.
E psicologicamente?
Eu sempre fui um cara que me cuidei. As lesões vieram ao acaso, não tem como você evitar. São coisas que acontecem. Mas eu estou muito mais forte psicologicamente do que antes, sem dúvida nenhuma.
Como tem sido a sua volta aos treinos com o grupo?
Estou muito feliz. Primeiro de tudo, estou contente com a força que eu tirei de mim mesmo e eu não sabia que eu tinha. Porque passar três vezes por essa lesão tendo 24 anos é uma barra. Mas estou feliz por voltar, é mais um obstáculo que eu deixei para trás. Quero dar continuidade no meu trabalho.
Você foi uma peça importante no time do ano passado. Como foi o seu período com o Abel Braga?
Eu fiz parte do grande elenco que o Inter tinha, do grande time, para que desse certo. O professor Abel já me conhecia. Não havia trabalhado com ele, mas ele já sabia das minhas características. Quando eu cheguei, estava preparado para jogar e Graças a Deus eu pude corresponder à altura.
Já houve uma conversa com o Diego Aguirre sobre a sua utilização daqui para frente?
Ainda não tivemos essa conversa, mas creio que ele conta comigo para ficar. Eu também quero ficar. Tenho que trabalhar forte, porque a oportunidade virá, para que eu possa me manter bem.
A concorrência é maior neste ano. Dourado se firmou, Nico Freitas e Nilton foram contratados. Como você se vê nessa disputa?
Eu me vejo como mais um, não sou diferente de ninguém. Tenho minha cabeça boa, tenho consciência que estou atrás por enquanto. Mas tenho trabalhado firme para conseguir o meu espaço novamente.
O revezamento promovido pelo Aguirre é bom para você neste momento de retorno aos gramados?
Eu só quero estar preparado, estar 100% para ajudar o Inter em qualquer campeonato. Não importa onde eu vou entrar, eu quero ajudar. Claro que eu quero ser campeão da Libertadores jogando. Fomos campeões gaúchos e eu não pude jogar nenhum minuto. Estava ali torcendo, me sinto campeão também. Mas com certeza é mais gostoso estar jogando e levantar o caneco.
Já há alguma negociação para renovar o seu contrato com o Inter?
Sim, existe uma negociação entre os clubes. A minha parte já foi acertada com o Internacional, mas ainda falta o acerto entre o Inter e o São Paulo. Ainda estão negociando para que eu fique até o final do ano.
E ficar no Inter é o seu desejo?
Eu estou focado no Inter, estou feliz aqui. Fiz 23 jogos em um ano de contrato. Em respeito ao Internacional, pelo carinho e dedicação que o clube teve em relação à minha lesão, o respeito que o clube teve, é normal que eu fique. Eu quero ficar para retribuir o carinho que eles tiveram comigo.
O Inter está em uma fase decisiva de Libertadores e, se ganhar, jogará o Mundial. Essa possibilidade aumenta sua vontade de seguir?
Com certeza. O Inter é muito grande e sempre forma grandes elencos para buscar os melhores títulos. Esse ano não é diferente. Ano passado, se você for ver, brigamos para ser campeões brasileiros. Eu quero ficar, estou feliz. Mas tem coisas que não dependem só do atleta.
Individualmente, o que você espera do seu retorno?
Eu vou deixar acontecer. Eu tenho me preparado muito bem nos treinos para que eu chegue no jogo e faça o meu melhor como sempre fiz. Se eu der 100% no treino, vou poder dar 110% no jogo.
Existe uma data planejada para você jogar?
Agora vamos conversar durante a semana. Temos a semana cheia para trabalhar firme e nos preparar ainda mais para ver o que vai acontecer até o final de semana. Estou pronto. Posso jogar hoje ou amanhã.
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