
O pior rendimento no turno do Brasileirão faz o Inter acender o sinal de alerta. São seis vitórias, sete empates e seis derrotas na competição - um aproveitamento de 43,9%. Se quiser almejar algo na competição, terá de melhorar pontos específicos na sequência de 19 partidas do campeonato nacional.
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A partir desta segunda, com treinamentos em dois turnos, o técnico Argel poderá implementar sua filosofia de trabalho. E há, ao menos, cinco tópicos que merecem atenção.
- A preparação física
Uma das principais críticas da direção ao ex-treinador Diego Aguirre e ao preparador físico Fernando Pignatares está na falta de gás dos jogadores no segundo tempo dos confrontos na temporada. Na avaliação do departamento de futebol e até de alguns jogadores, o Inter morria a partir dos 20 minutos do segundo tempo e se tornava uma presa fácil para os adversários. Caberá ao coordenador de preparação física Élio Carravetta e ao preparador João Goulart modificar este cenário. Há a convicção de que em 30 dias os atletas estarão em outro nível de competição. Para isso, serão feitos trabalhos em dois turnos com ênfase na parte física.
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- Solidificar a Defesa
No início de junho, o Inter tinha, ao lado do Goiás, a melhor defesa do Campeonato Brasileiro, com apenas sete gols sofridos nos primeiros nove jogos da competição. Terminados os primeiros 19 jogos do torneio, o Inter conseguiu chegar aos 21 gols contra. Nas 14 vezes em que os goleiros foram buscar a bola nas redes, três foram as partidas em que o time sofreu três gols ou mais: Sport (F), Atlético-MG (C) e Grêmio (5). Para o torcedor sonhar com uma defesa mais consistente, um dado conta a favor: o Inter não sofreu gols em 10 dos 19 duelos do primeiro turno.
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- Intensificar o ataque
Com um elenco que tem Lisandro López, Rafael Moura, Eduardo Sasha, entre outros, o Inter não pode ser um dos piores ataques do Brasileirão, com 14 gols marcados. Apenas o Vasco (oito gols), Coritiba e Joinville (13 gols) têm pior aproveitamento que o time de Argel. Para nível de comparação: são apenas quatro bolas na rede a mais que o atacante Ricardo Oliveira, do Santos, artilheiro do Brasileirão, com 10, marcou em todo o primeiro turno da competição.
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- A Copa do Brasil
Será inevitável pensar que o Inter priorizará a Copa do Brasil se for avançando de fase e abdicará do Brasileirão. O presidente Vitorio Piffero já declarou mais de uma vez que o Brasileirão é uma obcessão sua desde que em 2005 o título lhe foi "tomado na mão grande". O técnico Argel foi claro na entrevista de apresentação: pensará jogo a jogo. Já na quinta, diante do Ituano, pelas oitavas de final da Copa do Brasil, poderá se perceber a postura do time para a competição paralela ao Brasileirão.
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- Resgatar medalhões
Veio de Argel a citação em sua primeira: nomes como Anderson e Réver estão devendo com a camisa do Inter. Na partida contra o Cruzeiro, domingo, o primeiro sequer entrou. Ficou no banco e viu nomes menos consagrados como Zé Mário e Taiberson tomarem seu lugar em busca da vitória no Mineirão. Vitinho é outro que ganhará atenção especial. Começou como titular em Belo Horizonte e só saiu de campo por sofrer com cãimbras.
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