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Dez dias está longe de ser o tempo ideal para que um treinador consiga alterar o estilo de jogo de uma equipe. Mas é um período bem maior do que Argel dispõe no momento. Melhorar a transição entre meio e ataque deve ser a prioridade do técnico do Inter na parada do Brasileirão.
Contra o Sport, apesar da vitória, ainda foi alarmante o isolamento dos atacantes. Desacompanhado, Valdivia precisou inúmeras vezes prender a bola nas extremidades do campo ou buscar o drible contra dois ou três marcadores. A melhora provocada pela escalação de Anderson como armador ainda é insuficiente para se apostar no time como candidato ao G-4.
Plantando o futuro
Argel é herdeiro de uma política equivocada. Quando acordou para o Brasileirão, o Inter já integrava um pelotão de equipes muito distanciadas das primeiras colocações na tabela. Foi nesse contexto que o treinador assumiu, com a missão de salvar uma temporada promissora. Não basta vencer os jogos, é preciso que os concorrentes estacionem, o que não tem ocorrido. Caberá ao técnico, até o fim do Brasileirão, apresentar credenciais suficientes para receber um voto de confiança e planejar melhor 2016, com chance de escolher os jogadores mais adequados para a aplicação de seus conceitos. Com o respaldo da direção, que precisará ser firme em suas convicções mesmo em meio a eventuais tormentas.
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