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Adeus aos gramados

Bolívar anuncia aposentadoria: "Chegou o momento em que decidi parar"

Bicapitão da Libertadores pelo Inter, ex-zagueiro será empresário 

Francisco Luz

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Bolívar foi o capitão colorado no título de 2010

A participação no Lance de Craque, no último domingo, marcou a última presença de Bolívar em um jogo ainda como profissional. O capitão do Inter na conquista da Copa Libertadores em 2010, dono de dois títulos da América no Beira-Rio, anunciou nesta segunda-feira sua aposentadoria dos gramados. E já dará início a uma nova carreira: como empresário.

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– Até já tinha comentado isso, mas não divulgado. Agora chegou o momento em que decidi parar. Foi uma decisão minha, motivada por oportunidades que surgiram. Apareceu a chance de gerenciar jogadores, e não tinha como jogar e empresariar – explicou o zagueiro, por telefone.

O novo trabalho manterá Bolívar ligado ao ambiente do futebol, depois de 17 anos de uma carreira definida pelo agora ex-zagueiro como "brilhante".

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– Comentei isso, quando tu estás jogando e tem 35 anos, é velho. Mas quando para, é novo. Foram 17 anos de uma carreira brilhante, mas chega um momento em que você precisa pensar em algo novo. Estou fazendo este trabalho de forma independente, com dois sócios e amigos meus. Com a minha influência e as amizades que construí no futebol, acabou ocasionando isso.

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Filho do ex-zagueiro Bolívar, que teve passagens destacadas por Grêmio e Inter de Limeira, Fabian Guedes começou sua carreira profissional no Guarani de Venâncio Aires e, em 2003, foi contratado pelo Inter. Chegou no Beira-Rio como lateral-direito mas, em 2005, também passou a jogar como zagueiro. No ano seguinte, sob o comando de Abel Braga, foi titular da zaga na conquista da primeira Libertadores colorada e, em seguida, foi vendido ao Monaco. Voltou ao Inter em 2008 e ficou até 2012, quando se transferiu ao Botafogo. Em 2015, defendeu Novo Hamburgo e Portuguesa.

Questionado sobre os melhores momentos nos gramados, Bolívar fez questão de lembrar de passagens pelos principais clubes – e garantiu que não sente falta de nunca ter atuado pela Seleção Brasileira.

– No início, no Guarani, tive muitos sonhos, de chegar ao profissional e me sagrar um cara conhecido. No Inter, vivi minhas maiores alegrias. No Botafogo também tive um bom momento. Tirando o extracampo, com salários atrasados, me identifiquei muito: conquistei um título carioca e ajudei a levar o time à Libertadores. Vivia um bom momento lá. E também tive a chance de jogar no Monaco, de atuar na Europa. (Sobre Seleção) nem penso nisso. Tive uma carreira muito vitoriosa e só posso agradecer e lembrar das coisas boas – completou.

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