
Com a saída de D'Alessandro rumo ao River Plate, o Inter não poderá mais contar com um de seus maiores ídolos para a temporada 2016. O meia assinou empréstimo de um ano com o time argentino e será uma das estrelas do clube para a disputa da Libertadores da América.
Zero Hora convidou alguns de seus colunistas para responder: o que o Inter perde sem D'Alessandro? Confira.
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Maurício Saraiva, comentarista da RBSTV e colunista de Zero Hora
O Inter mais ganha do que perde com a saída de D'Alessandro, porque seu retorno à Argentina não depreda sua história no clube. A saída dele faz com que o Internacional abra vaga para que alguém mais vital e mais vigoroso entre. Para que um menino da base surja e se afirme. Para que o Anderson, quem sabe, mude de lugar e venha a ser o D'Alessandro, e alguém da base possa jogar no lugar de Anderson. É bom para o River, é bom para o D'Alessandro jogar a Libertadores e é bom, especialmente, para o Inter. Era preciso fazer alguma coisa antes que o D'Alessandro começasse a ser vaiado por mal rendimento, o que seria cruel e ele não mereceria pela história que tem com o Inter.
Wianey Carlet, colunista de Zero Hora
O Inter perde pelo o que o D'Alessandro representou na história do clube, ele foi essencial. Mas ele está chegando na hora de se recolher, então eu acho que é o momento certo. Mas não sei se emprestar o D'Alessandro foi a melhor saída. Está na hora de encontrar um substituto, que não seja o Alex. Se o D'Alessandro sair para entrar o Alex, então eu não entendo mais nada. Está na hora de renovar, de descobrir alguém para o lugar do D'Alessandro. Alguém jovem, alguém com futuro e não alguém que só tenha passado e nenhum futuro.
Luiz Zini Pires, colunista de Zero Hora
D'Alessandro tem 34 anos. Fará 35 no dia 15 abril. Já ofereceu o máximo ao Inter. É um jogador no ocaso da carreira. Os ídolos precisam encontrar o caminho da saída sozinhos, encontrar na porta certa, cronometrar a hora correta. Seu 2015 foi precário, atípico. Quase um anúncio de que ele não era mais o mesmo jogador competitivo que chegou ao Beira-Rio em 2008, ganhou a Libertadores e outros títulos. O argentino deixa o Inter no momento certo, preciso. Deixa o clube como um jogador histórico, emblemático, capitão, um dos melhores do novo século. Deixará um mar vermelho de saudade.
Diogo Olivier, colunista de ZH
Uma perda necessária. O Inter perde, primeiramente, um ídolo como há muito não se via. D’Alessandro puxava campanha de sócios e era embaixador da Brio na venda de seus produtos. O público impressionante de seus jogos beneficentes no Beira-Rio dá uma medida do quanto o torcedor colorado o ama. Vê nele uma extensão de si mesmo, disposto a queimar o próprio filme e ser politicamente incorreto desde que seja para defender o clube. Haverá uma perda técnica também. Este ano, escalado com está, na ponta de um losango de meio-campo, e não pelo lado, onde não tinha mais condições de fechar corredor, ainda poderia ser muito útil perto da área. É uma grande perda, enfim. Mas uma perda necessária, na medida em que esta relação um dia terminaria. Aos 34 anos (35 em abril), é claro que a tendência é o seu rendimento ir caindo gradativamente, tornando-o caro demais pelo salário indexado ao dólar. Inter e D’Alessandro encaminharam uma saída boa todos, preservando a imagem do ídolo, buscando no primeiro semestre só de Gauchão um período necessário de transição para a vida sem um dos maiores personagens da história colorada.
Guerrinha, colunista do Diário Gaúcho
Acabou o suspense, D'Alessandro vai vestir a camisa do River Plate durante o próximo ano, desfalca o Internacional. Agora é que vem o grande pepino: quem vai substituir D'Alessandro? Calma! Eu sei que D'Alessandro jogou menos em 2015, eu sei que o D'Alessandro em 2016 ainda não atingiu aquele patamar do grande D'Alessandro. Mas D'Alessandro é D'Alessandro. O Inter vai precisar encontrar alguém não igual, porque esse não tem, mas pelo menos parecido. Mãos à obra e um grande problema para a direção colorada.