Mergulhado em um mar de indefinições, Argel acerta ao dar sequência de jogos para Aylon. Neste domingo, tanto no gol do Inter quanto no lance defendido por Alessandro, o centroavante demonstrou ótimo senso de colocação dentro da área. Repete o que havia feito contra o Ypiranga, uma semana antes. O guri de Esteio passou pelo Projeto Aprimorar, a mesma escola em que Luís Fernando Ortiz, ex-craque do futsal, formou nomes como Damião, Walter e Luiz Adriano.
Gustavo Ferrareis também mostrou virtudes. Além de técnica, tem velocidade, uma característica em falta no meio-campo do Inter. Órfão de D'Alessandro, o Inter tateia no escuro em busca de um novo criador. No momento, o escolhido é Alex. É provável, com o andamento das competições, que a vaga venha a ser preenchida por algum garoto. Andrigo é outro candidato. Em todos os setores, o Inter é ainda uma equipe em formação.
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Mistério Anderson
Há no ar sintomas de que o Inter começa a desistir de Anderson. Elogiado antes da partida pelo presidente Vitorio Piffero, o jogador voltou a não se envolver de forma completa com o jogo. Sua saída foi benéfica para o time. A essa altura, perde força até mesmo a justificativa de que faltava a Anderson uma pré-temporada. Difícil imaginar o que poderá motivá-lo.
Pelo diálogo
É preciso encontrar o ponto de equilíbrio nessa questão da segurança nos estádios do Gauchão, que quase impediu a realização de alguns jogos da quarta rodada. Depois do Caso Kiss, quem se atreveria a criticar os bombeiros por excesso de zelo? Ao mesmo tempo, há exigências que parecem acima da capacidade dos clubes. Radicalizar não parece ser a melhor saída. Já imagino Chico Novelletto subindo a escadaria do Palácio Piratini para negociar direto com o governador Sartori uma flexibilização nas exigências da Secretaria de Segurança. Gauchão parado gera desemprego.
