
Os jovens foram decisivos na vitória do Inter sobre o Avaí ontem. Mas, se quiser sonhar mais alto ainda nesta temporada, o clube precisa ajustar sua política de futebol para recuperar o equilíbrio que demonstrou no período de suas grandes conquistas.
Que equilíbrio é esse? O Inter padrão 2006/2010 tinha jogadores trazidos de fora, experientes e com boa técnica, como Fernandão, Tinga ou D'Alessandro, mesclados a jovens atletas da casa como Rafael Sobis, Nilmar ou o "traíra" Edinho.
Essa combinação entre experiência e juventude, técnica e raça, durou até pouco depois de 2010. Desde então, a balança pendeu para dois lados: a gestão Giovani Luigi encheu o elenco de velharias. Agora, sob Vitorio Piffero, vemos a gurizada tomar conta da escalação do time.
Está certo que o Gauchão deve servir como laboratório, mas o time ideal precisa combinar na dose certa a prata da casa e o ouro trazido de longe.
Acerto no mercado
Por isso, é tão importante o clube acertar nas próximas contratações - principalmente para o setor de meio-campo. Por ali, Alex e Anderson não conseguem dar o equilíbrio necessário à juventude de outros jogadores como William, Geferson, Valdívia ou Aylon. São jogadores experientes, mas já não têm o fôlego necessário, e a antiga técnica não anda mais fazendo a diferença.
Achar que a gurizada vai resolver todos os problemas é ilusão. A mesma ilusão que movia o time de veteranos da gestão anterior.
Marcelo Gonzatto fará a coluna interinamente durante as férias de Zé Victor Castiel.
*Diário Gaúcho


