Em queda vertiginosa no Brasileirão, o Inter viveu uma noite de anos 90, após a derrota para o Palmeiras, na noite de domingo. O Beira-Rio reviveu o Portão 8 (o histórico local de protestos da torcida, em frente ao antigo vestiário do estádio). Agora, porém, o endereço é o segundo andar do edifício-garagem, onde os jogadores e dirigentes saem do vestiário e buscam os seus veículos após os jogos – cercados por seguranças.
Pois a quinta derrota em série no Campeonato Brasileiro gerou revolta entre os colorados. Em meio aos protestos contra time e direção, a segurança do clube contou com o apoio da Brigada Militar para conter o grupo de torcedores. O associado do Inter Márcio Marchezan (no vídeo), de Alegrete, alega ter sido atingido na têmpora por um integrante do Batalhão de Operações Especiais (BOE). Sangrando muito, precisou de atendimento médico.
– Eu só estava ali parado. Não sou de torcida organizada, não estava protestando. Só passei e fui agredido pelo brigadiano – disse Marchezan.
Em contato de ZH com o Comando de Policiamento da Capital (CPC), a Brigada Militar assegura que vai apurar possíveis responsabilidades da instituição na agressão ao torcedor:
– Os vídeos não são muito claros. Se percebe que o BOE está presente em meio à confusão e, em seguida, aparece essa pessoa ferida, supostamente pelo BOE. Haverá uma apuração e, se houver responsabilidade da Brigada Militar, o policial vai responder por isso. Houve uma ação por parte dos torcedores. E os seguranças do Inter precisaram usar até extintores de incêndio para contê-los – respondeu a tenente-coronel Najara Silva, que responde de maneira interina pelo CPC.
Os torcedores ainda acusaram a BM de ter utilizado gás de pimenta a fim de dispersar a manifestação.
* ZH ESPORTES