
O presidente Vitorio Piffero sonha faz tempo com Nico López. O uruguaio seria sua grande cartada para tirar seu time de uma rota perigosa nesta sua reta final de gestão. El Diente, como é chamado nas margens do Rio da Prata tem padrão de jogador europeu e bola para atuar nos grandes de lá. Só que sua trajetória no lado de lá do oceano acabou prejudicada pela saída prematura. Com 17 anos, estava na Roma. Em 2013, acabou eleito segundo melhor jogador do Mundial Sub-20, atrás apenas de Paul Pogba, e foi para a Udinese, um clube investidor, quase um balcão de negócios de promessas sul-americanas. Rodou por Hellas Verona na temporada 2014/2015 e ficou seis meses no Granada, clube espanhol que pertencia ao mesmo dono da Udinese. Dali voltou para casa, no Nacional.
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Em quatro anos na Europa, Nico pouco jogou pela Roma (sete jogos e um gol). Passou antes por um estágio no primavera, como os italianos chamam o sub-21. Na Udinese, fez 27 partidas (nove como titular, fez dois gols). Teve mais tempo no Hellas Verona, 11 jogos como titular, e fez mais gols, cinco. No Granada, atuou em apenas 108 minutos e, em janeiro, retornou ao seu Nacional, com quem tinha contrato até dezembro. Ali, confirmou as expectativas que os uruguaios tinham desde que surgiu, em 2010. Em 21 jogos, fez 11 gols. É nesse o Nico López que o Inter aposta para mudar seu rumo em 2016.
Mas para seu sucesso, é bom que se diga, será preciso montar uma estrutura de time que ofereça condições para que ele comprove suas qualidades e que lhe dê aconchego. Um estrangeiro, mesmo ao lado de casa, requer um tempo de ambientação à cidade, ao país e, principalmente, ao estilo de jogo. Ainda mais no caso de Nico. Quando mudou-se para a Itália, aos 17 anos, levou a família junto. Separou-se em 2014 e acabou longe do filho, na época com um ano. O guri teve influência direta em sua volta ao Uruguai.
Quando se apresentou no Nacional, em janeiro, o atacante contou que a decisão de regressar se deu no último Natal. Atravessou o mundo para passar três dias com o filho. Na despedida, voltou para a Espanha chorando e certo que seria impossível seguir longe de Montevidéu. Depois de relutar em trocar o Nacional pelo Inter em um primeiro momento, El Diente se convenceu de que Porto Alegre, a uma hora e meia do filho, era o melhor que poderia acontecer. Agora, cabe ao Inter criar o ambiente para que seu atacante de 11 milhões de euros se sinta em casa renda ao máximo.
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