Inter

Na Ilha do Governador

Defesa sólida, ataque veloz e Camilo: os perigos do Botafogo, adversário do Inter na quarta

Equipe gaúcha pode sair do Z-4 em caso de empate ou vitória

Rafael Diverio

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No primeiro turno, Botafogo de Camilo (D) surpreendeu o Inter de Rodrigo Dourado no Beira-Rio

Nas 10 rodadas do segundo turno do Brasileirão, só os líderes Palmeiras e Flamengo superam o Botafogo. A equipe que voltou da Série B nesta temporada já somou 21 pontos dos 30 disputados. Se não fez tantos gols, 11, a defesa garante a tranquilidade com apenas três sofridos. São três vitórias nos últimos quatro jogos, o que motivou uma festa de torcedores na recepção dos jogadores após o 1 a 0 de domingo sobre o Figueirense. É este o desafio do Inter para deixar o Z-4 amanhã, na Ilha do Governador.

A nova casa botafoguense, aliás, tem sido uma forte aliada do time. O Estádio Luso-Brasileiro viu o time carioca vencer até mesmo o líder Palmeiras. Outras vítimas importantes foram Grêmio e Corinthians. O único empate foi com o Flamengo, 3 a 3, depois de chegar a abrir 3 a 1. E foi apenas uma derrota no Brasileirão: 1 a 0 para o Santos.

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Sob comando de Jair Ventura, ninguém tem aproveitamento maior. São 72% dos pontos conquistados desde que assumiu o time, após a saída de Ricardo Gomes, em 13 de agosto.

O filho de Jairzinho, o Furacão da Copa de 1970, fixou um estilo em sua equipe. Em números, seria algo como um 4-3-1-2, com uma defesa posicionada e protegida por um trio de volantes que marca e aparece na frente. Um deles é Airton, com passagem pelo Inter. Os outros dois, Lindoso e Bruno Silva – este, porém, suspenso, deve ser substituído por Dudu Cearense. Na frente, o trio ofensivo é movediço e goleador: Camilo na armação, Neílton e Sassá na conclusão.

No primeiro turno, os três infernizaram o então Inter de Argel e surpreenderam com um 3 a 2 no Beira-Rio. Camilo foi o craque daquela partida. Sua visão de jogo e a qualidade dos chutes de média distância são as principais virtudes, na opinião do ex-zagueiro e lateral colorado André Luiz, que trabalhou com o meia botafoguense na Chapecoense em 2015.

– É um jogador que não pode deixar pensar, que chega na frente, conclui – alerta o atual auxiliar técnico do Bahia. – Mas ele usa sempre a perna direita. Se cair na esquerda, ele vai trazer para o outro lado – avisa.

Para André, seria prudente ter um jogador em vigilância constante:

– Senão ele vai "deitar".

Na frente, o mais aguardado é o retorno à forma ideal de Sassá. Recuperado de lesão, ele foi poupado do primeiro tempo na partida contra o Figueirense, mas estará pronto para jogar 90 minutos amanhã.

– Quero jogar. Mesmo sem uma perna, quero estar dentro do campo. Estava perdendo o foco e depois que voltei as coisas já voltaram para o lugar. Estou feliz e quero ajudar, estar junto com a rapaziada – disse o jogador, em coletiva ontem.

Para o ex-atacante Maurício, ídolo das torcidas colorada e botafoguense, o time de Celso Roth precisa tomar cuidado com a força ofensiva dos cariocas e usar a experiência contra a juventude da equipe de Jair Ventura, que, uma vez neutralizado, pode não conseguir alterar o panorama da partida.

– O defeito do Botafogo é a falta de opções, o grupo diminui a qualidade quando perde alguns titulares, há poucas opções para mudar um jogo – analisa o hoje corretor de seguros, que estará no estádio amanhã, mas ainda não definiu de qual lado da arquibancada. – Tomara que dê um empate, acho que fica bom para todo mundo – diverte-se.

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