O Inter está em seu direito recorrer ao CAS, a corte arbitral do esporte na Suíça, que está acima de tudo e de todos. Mas, em minha modesta opinião, o Inter deveria jogar a Série B. Seria bem mais nobre e honroso para a instituição e atravessar de cabeça esse período de purgação que ela própria provocou.
Os tribunais e as ações jurídicas dos advogados do clube – e eles são craques no tema – até podem reverter o rebaixamento comprovando a irregularidade na inscrição do zagueiro Victor Ramos, do Vitória. Só que o resultado do campo tatuou na pele do Inter o rebaixamento. E isso não se apagará nem em mais 100 anos de história do clube. Mesmo que não jogue a Série B, e acho essa possibilidade até possível, o Inter fez por merecer no campo o rebaixamento.
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Não foi a escalação de Victor Ramos em 25 partidas do Brasileirão que provocou a queda colorada. Não estou aqui, que fique bem claro, justificando o erro do Vitória. É que futebol é com a bola. E o Inter fez tudo errado quando precisou jogar bola. O que fica é o campo. Pelo que fez nele no Brasileirão, o Inter não mereceu seguir na Série A.
Jogar a Série B e ganhá-la, quem sabe com um projeto audacioso, de buscar o segundo título nacional invicto, será uma forma honrosa de pagar pelos erros cometidos em 2015 e 2016 que culminaram neste rebaixamento. O tribunal até pode recolocar o Inter na primeira divisão. Só que a torcida precisará conviver eternamente com alguém apontando um dedo e lembrando que, por melhores que sejam seus advogados, com a bola, o seu time perdeu. E perdeu feio.
