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Justiça desportiva

Após B.O., jurídico do Ceará ainda analisa se irá ao STJD contra Cuesta

Gerente jurídico Gabriel Bedê afirma que eventual ação na justiça desportiva ainda será analisada pela direção do clube

Direção do Ceará promete decidir nos próximos dias se buscará punição a Victor Cuesta no STJD.

A direção do Ceará ainda estuda se irá entrar com uma ação no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) contra o zagueiro do Inter, Victor Cuesta por conta do suposto caso de injúria racial que teria ocorrido no jogo entre as duas equipes, na última terça (11).

Nesta quinta (13), o jurídico do clube cearense acompanhou o atacante Elton até uma delegacia de Fortaleza,onde o jogador prestou queixa contra o defensor colorado alegando ter sido chamado de "macaco".

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Segundo o gerente jurídico do Ceará, Gustavo Bedê, o clube analisará nos próximos dias se entrará com uma notícia de infração disciplinar junto à Procuradoria do STJD pedindo uma denúncia contra Cuesta na justiça desportiva.

– Quanto a isso, a gente ainda não teve uma maior discussão. Os fatos são muito recentes. Estamos buscando oferecer todo o apoio ao atleta do Ceará e dar todos os subsídios para ele resolver primeiro a questão particular dele. Depois, nós vamos analisar eventualmente alguma movimentação do clube em si – explicou Gabriel.

Caso o Ceará procure a justiça desportiva, caberá a Procuradoria do STJD decidir se oferece denúncia ou não ao tribunal.

O Artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) prevê suspensão de cinco a dez partidas, além de multa de até R$ 100 mil para o atleta que "praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência".

Victor Cuesta nega ter chamado Elton de "macaco" ou ter cometido qualquer ato de injúria racial na partida.

– Fiquei um pouco surpreso pelo que aconteceu ontem (terça-feira). Eu nunca fiz isso. Na minha carreira nunca aconteceu nada de estranho. Se você procurar, nunca faltei respeito com juiz, colega, adversário ou companheiro. A verdade é que a gente se xingou com respeito, coisas que ficam dentro do campo. Nem ele me faltou com respeito, nem eu faltei com respeito a ele. Estou contente no Brasil e jamais faria alguma coisa assim – disse Cuesta, na última quinta

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