
O Inter venceu. E paro por aí. Porque a atuação contra o Oeste, vamos combinar, ficou ainda distante do que se pode esperar de um time com jogadores como Pottker, Uendel, Nico López e Edenílson. Nem cito D'Alessandro. Aos 36 anos, ele parece estar em declínio físico e fica nítido o esforço que faz para entregar algo ao time – e também para retirar, como no episódio das discussões desnecessárias com os jogadores do Oeste, o árbitro e o auxiliar, procurando um cartão amarelo.
O fato é que o Inter ainda levará tempo para virar um time. Insisto no assunto, nenhuma equipe consegue jogar de forma afinada com jogadores chegando a cada mês. Menos ainda com um técnico no cargo há 50 dias e com duas semanas livres para treinar. O calendário não permite treinar e, por vezes, nem descansar. É jogo, conversa e jogo de novo.
O Oeste, vamos combinar, é um time que patinaria no Gauchão. Disputou a segunda divisão paulista e ficará por lá mais uma temporada, pelo menos. Contra esse time, o Inter precisou suar bicas para vencer. O que se viu de diferente no Beira-Rio foi a disposição ausente em jogos anteriores, como contra o Vila Nova, o CRB e o Boa. Na terça-feira, o Inter jogou como exige a cartilha para subir. Como ainda está desajustado e não pode oferecer um diferencial técnico, compensou com a energia e a disposição.
O grande legado da vitória nem é o G-4 provisório, embora seja importante e ajude a aliviar a pressão. O que ficou do jogo do Oeste foi resgatar a tranquilidade que havia muito tempo andava ausente. Guto Ferreira ganha quatro dias inteiros para treinar de forma mais intensa e, de lambuja, um pouco de sossego. É o cenário ideal para encaixar Leandro Damião no ataque e afinar Camilo, o armador, com o restante do time.