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A vitória por 3 a 0 sobre o ABC, que completou a sequência de cinco triunfos do Inter na Série B, transformou completamente o ambiente das entrevistas coletivas de Guto Ferreira. Se há pouco mais de um mês o clima era quase belicoso entre técnico e jornalistas, desta vez a leveza tomou conta do relato pós-jogo. Em meio a risadas de satisfação pelo bom momento, Guto elogiou seu time pelo desempenho e pela entrega em campo.
– A cada jogo você vai amadurecendo mais, com dificuldades diferentes. Vão estudando sua equipe, criando dificuldades, mas o importante é a maturidade que o grupo vem tendo, marcando, se defendendo. No início do jogo o ABC chegou no ataque, fez uma jogada, mas ficou naquilo. Enquanto a nossa equipe foi cirúrgica: matou na primeira oportunidade, o que foi impotante para ter tranquilidade. Depois fez o segundo gol e, logo no início do terceiro tempo, o terceiro, e depois empilhamos chances.
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Veja as respostas de Guto Ferreira:
O que explica a sequência de vitórias?
Isso se deve a um trabalho extremamente profissional, de um grupo dedicado nos treinos. E nos jogos o grupo cresce, passa por desafios juntos, amadurecendo. É pelo trabalho deles, que não se resume aos 90 minutos. Eles se dedicam muito. E um elenco que não se resume a 11. É um grupo, não um time, você troca peças e a equipe mantém qualidade e desempenho.
Repetir a escalação em três jogos seguidos ajuda?
Ajuda, sim. Mas não é determinante. Determinante é o comprometimento, o foco, o trabalho da equipe, o modelo de jogo, a maneira de jogar, onde saia A e entre B. Pode mudar as características do jogador, mas a essência não muda. Hoje temos a sequência para treinar, mas logo teremos a maratona (de jogos), e eu preciso do grupo. Preciso de plantel. Como hoje, em que pudemos preservas nossos jogadores sem correr riscos.
Como vê a evolução da defesa
Desde que assumi a equipe, foi o jogo em que fizemos menos faltas (foram seis faltas cometidas). E não corremos riscos. Isso não é dedicação só da linha de quatro atrás, dos volantes. Começa lá na frente, com o Sasha, com o Damião, fantástico, com o Pottker. Passa pelo D'Alessandro, que todo mundo diz que não tem força de marcar, mas tem conseguido muitas bolas roubadas e de forma intensa, e pelo Dourado, fenomenal. Enfim: não gosto de ficar levantando individualidades, mas a força do conjunto, de um conjunto que tem gostado de trabalhar assim, e hoje é mais forte. Mas não pode relaxar: relaxou, entrou na zona de conforto, se perde.
Vai com time misto contra o Atlético-MG na Primeira Liga, dia 30?
Já conversamos, estamos amadurecendo a ideia. Mas não podemos ficar muito tempo sem jogar, pelo momento que estamos vivendo. Não é bom ficar 15 dias sem jogo. Vamos buscar uma solução que não atrapalhe a equipe, amadurecer a ideia com a direção e, aí sim, agir.
O Inter vai seguir no ataque nos jogos fora de casa?
O simples fato de ser o Internacional faz com que você busque sempre vencer.
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