
Sasha recebeu nesta quarta-feira, no Beira-Rio, o troféu pela guinada que deu em sua vida no Inter nas últimas semanas. Ao entrar no lugar de Carlos, aos 12 minutos do segundo tempo, foi ovacionado pelos pouco mais de 12 mil colorados que enfrentaram o frio para apoiar os reservas na Primeira Liga.
– Foi importante, foi o reconhecimento pelo trabalho, pela dedicação – disse ao passar pela zona mista de entrevistas.
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Sasha padeceu nos primeiros seis ou sete meses deste ano. Primeiro, pela longa recuperação da cirurgia no tornozelo. Encarou quatro meses de uma rotina de tratamento e fisioterapia. Depois, quando voltou ao convívio com o grupo, sofreu com a implicância da torcida e o peso pelo rebaixamento. Os colorados elegeram alguns culpados. O meia-atacante, assim como o zagueiro Ernando, eram alguns deles e, como ficaram para esta temporada, carregaram o fardo da queda.
- Esse momento representa muito para mim, muitas vezes o torcedor não sabe o que a gente passa – diz.
Você pode ser mais específico? – pergunto.
– Por exemplo, passei por uma cirurgia, fiquei muito tempo parado, a recuperação foi longa. Isso tudo afeta – explica Sasha.
Ser vaiado daquela forma quando retornou machucou-o muito?
– Magoou, magoou muito. Como disse, o torcedor muitas vezes não sabe o que passamos – lamenta.
O jogador formado no clube sofre mais com as críticas? – questiono.
– Acho que sim, porque o torcedor cria uma grande expectativa sobre nós, acompanha desde cedo. Talvez seja por isso – diz Sasha antes de se dirigir à porta e deixar o Beira-Rio, fechando o dia em que consolidou sua volta por cima no Inter.
* ZH Esportes