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Consideradas o grande legado de infraestrutura da Copa 2014, as obras de mobilidade urbana receberão menos investimentos que os estádios. Com a atualização da Matriz de Responsabilidades - documento que reúne todas as obras para o Mundial - neste mês de novembro, os gastos com as novas arenas chegaram a mais de R$ 8,02 bilhões. Somado a uma quantia que beira R$ 1 bilhão destinada ao entorno dos estádios, o valor supera os R$ 7,027 bilhões previstos para projetos de mobilidade.
Pela primeira vez desde que a matriz foi criada, os investimentos em estádios e em seus entornos superaram os gastos com as demais obras de mobilidade. Na maioria das sedes, porém, os projetos foram transferidos para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e ficarão prontos, ainda que depois do Mundial. É o caso das obras que foram retiradas da lista de Porto Alegre. A capital gaúcha é a sede com mais projetos excluídos na última atualização do documento: dez. No Brasil inteiro foram 14.
Em abril de 2012, por exemplo, a previsão era de que os gastos com mobilidade chegassem a quase R$ 11,5 bilhões e fossem cerca de 40% maiores do que os investimentos nos estádios, que, à época, custavam R$ 6,7 bilhões.