
O diário argentino Olé denunciou nesta quarta-feira um possível esquema de distriubuição ilegal de entradas para a Copa do Mundo. Cinquenta e três caixas com mais de 7 mil ingressos não nominados e sem o destinatário final foram interceptadas pela aduana do país. A carga foi enviada pela empresa brasileira Valid Soluções e Serviços, que não seria a escolhida pela Fifa para fazer as entregas, conforme o jornal. Após pedidos de explicações das autoridades, 236 nomes surgiram como donos dos tickets, entre eles, agências de turismo. Entre esses, estão donos de farmácias, lojas de roupas, restaurantes e pessoas que não teriam condições de pagar pelas entradas.
As autoridades argentinas agora investigam se esses nomes seriam, na verdade, testas-de-ferro para distribuir os ingressos que, segundo o Olé, poderiam cair nas mãos de barrabravas. Em outra ponta, a Associação do Futebol Argentino (AFA) enviou uma lista ao Ministério da Segurança do país com 1,2 mil nomes que receberam as entradas como cortesia. A entidade havia divulgado inicialmente que apenas 700 ingressos foram distribuídos, mas há a suspeita que aproximadamente 3 mil possam ter sido repassados.
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