Sejamos justos. O Grêmio não pega nem vaga no G-4 do saudosismo. Sabem quem eram os treinadores de Internacional, Flamengo, Atlético-MG e São Paulo no distante ano de 1995? Abel Braga, Vanderlei Luxemburgo, Levir Culpi e Muricy Ramalho. Justamente os treinadores desses clubes hoje.
Com Luiz Felipe Scolari, o Grêmio faz o mesmo, chama seu técnico de 18 anos atrás.
A diretoria gremista repete também o raciocínio da CBF na Copa. Para retomar o caminho das vitórias, rebobina a fita e tenta voltar no tempo. Resgata aquele que conquistou a última grande vitória gremista, a Libertadores de 1995.
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Não, nada de original, nada de projeto revolucionário. E o mais curioso é que tem tudo para dar certo. Não porque a ideia seja brilhante. É que as circunstâncias favorecem Felipão. Até domingo passado, o Grêmio tinha a melhor defesa da competição. O treinador bigodudo adora começar seu time pela zaga, meio caminho andado.
Felipão não pega um Grêmio perto da zona de rebaixamento, pelo contrário. O time está a apenas três pontos do G-4 da Libertadores. O elenco, que já era bom, foi qualificado por um dos reforços mais caros da temporada, o ótimo meia Giuliano. Barcos, que andava numa seca danada, marcou dois gols na derrota gremista para o Coritiba.
Felipão fará a torcida rapidamente se esquecer de que ele é o mesmo cara dos 7 a 1 do Mineirão. A amnésia gremista será instantânea, o torcedor só se lembrará de que Felipão é aquele mesmo da Libertadores de 1995. Tem tudo para dar certo, ainda que não exatamente pela razão correta.
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