Diogo Olivier
Médicos, quando estão em férias, não reúnem os amigos na UTI do hospital para contar piadas, enquanto distribuem diagnósticos e prescrevem medicações, assim como professores passam longe da sala de aula na hora de descansar. Jornalistas exorcizam apurações e investigações nesse período. Correm para a praia ou a mesa de bar. Ou abre uma latinha de cerveja debaixo do guarda-sol: é preciso otimizar o tempo. Policiais não vestem farda e sobem o morro quando não estão trabalhando, nem engenheiros querem saber de alicerces e cálculos precisos. Só o jogador de futebol é que, depois de um ano reclamando do calendário massacrante e das viagens que o tiram da família, não dá uma semana da última rodada e já está na pelada com os amigos. O que tem uma compreensível explicação.