
O boxe volta a pulsar com toda a intensidade. Para quem ama o esporte, é impossível ficar imune ao duelo programado para amanhã em Las Vegas, Nevada, Estados Unidos, entre dois protagonistas que possuem uma história rica.
O norte-americano Floyd "The Money" Maywheather e o filipino Manny Pacquiao farão os fanáticos pelo tradicional esporte serem transportados na cápsula do tempo e recordarem duelos inesquecíveis. São tantos, que cada um poderá eleger o seu. Eu não me atreveria a realizar a escolha, porém, não escondo minha preferência por Mike Tyson, Muhammad Ali, Julio Cezar Chavez, Roy Jones, Sugar Ray Leonard, Roberto "Mano de Piedra" Durán, Joe Frazier, George Foremann, Oscar de La Hoya... Chega. Citar nomes é correr o risco de ser injusto. Contudo, eu os adorava.
Voltando à luta da madrugada, em Las Vegas, Floyd defenderá uma invencibilidade de 47 lutas. É o atleta mais bem pago do mundo em todos os esportes. Se dá ao luxo, por exemplo, de presentear a mulher com um par de sapatos avaliado em 30 mil dólares (R$ 87 mil). Independentemente do resultado, ele engordará sua conta bancária com uma bolsa de 180 milhões dólares (R$ 522 milhões).
A superluta unificará os cinturões da categoria meio-médio do Conselho Mundial de Boxe, Associação Mundial de Boxe e Organização Mundial de Boxe.
Manny Pacquiao terá depositado na sua conta 120 milhões de dólares (R$ 348 milhões). Ele é um político atuante no seu país. O cinturão vale 3 milhões e 200 mil dólares (R$ 9 milhões e 300 mil). No cartel, são 63 lutas, com 56 vitórias, cinco derrotas e dois empates.
Serão a técnica e o jogo refinado de pernas de Mayweather diante da raça e do coração gigante de Manny Pacquiao. É a luta do século. Fazia tempo que o boxe não atraía tantos holofotes. São mais de cinco anos de negociação para que o contrato milionário fosse fechado. Os dois não são mais meninos. O norte-americano tem 37 anos, e o filipino, 36. Portanto, conclui-se que a renovação no boxe anda arrastada.
Las Vegas te obriga a ingressar no mundo do jogo, das lutas e das magias. A cidade está trepidante para o lutaço. Aliás, Vegas sempre é trepidante. Espero assistir a um combate pegado, sem muita amarração, com o suor que inunda os olhos, mas que fortalece os grandes guerreiros. A nobre arte nunca morrerá. O melhor será sempre o melhor, e campeões serão sempre descobertos.
É o destino deles.