Após uma semana marcada por paralisações dos atletas no Estádio Centenário, chegou a hora do Caxias deixar para trás a crise fora de campo para buscar a primeira vitória na Série C e acalmar os ânimos. Às 11h de domingo, o time do estreante Marcelo Vilar tem pela frente o Guaratinguetá, em jogo que pode valer tanto a fuga da zona de rebaixamento, em caso de vitória, quanto a queda para a última posição do Grupo B, que hoje é do adversário.
Experiente, Vilar se diz tranquilo para o primeiro confronto à frente do Caxias. Mas não esconde a preocupação com o estado psicológico dos atletas, desgastados pelo histórico ruim nessa temporada.
- A experiência me deixa tranquilo para essa situação de estreia. Minha preocupação maior é a de detalhar para os jogadores certas situações de jogo e deixá-los tranquilos. Por conta da situação geral, percebo que eles às vezes entram em campo ansiosos. É preciso acabar com essa ansiedade, pois pode ser maléfica durante a partida - observa Vilar.
Com menos de duas semanas de trabalho no Centenário, o técnico teve a preparação prejudicada pelos dois dias de treinamentos cancelados em protesto dos atletas. Para uma equipe que precisa sair de uma mentalidade mais defensiva implantada pelo ex-treinador para uma mais ofensiva, qualquer treino perdido pode fazer a diferença.
- O que a gente lamenta é ter perdido duas situações de treino onde poderíamos ter colocado com mais ênfase nossa proposta de jogo aos atletas. Mas tivemos uma semana boa antes dessa como partida e tenho gostado do que vi até aqui - comenta.
Se o período não foi o ideal para armar o time, pelo menos a escalação já foi praticamente definida antes do embarque. Duas mudanças são certas em relação ao time que enfrentou o Inter de Lages. Bebeto e Gustavo assumem as laterais. Vilar explica:
- Bebeto foz por merecer a condição de titular nos treinos e no amistoso que fizemos. Vai ter a oportunidade dele. O Gustavo é um jogador de mais força e maior. A gente ficou com alguns jogadores de baixa estatura no time precisamos ter pelo menos seis de uma altura maior para nossa bola aérea, tanto no ataque quanto na defesa.