
Os dois rivais de Manchester fizeram neste domingo, em Old Trafford, um esperado clássico, que acabou não correspondendo às expectativas. Em um jogo muito disputado no meio-campo, as oportunidades de gols foram raras. E o justo 0 a 0 na casa do Manchester United acabou sendo melhor para o Manchester City, que retorna à liderança do Campeonato Inglês.
Com estes resultados, o Manchester City volta à primeira posição com 22 pontos, mas agora tem a companhia do Arsenal, que derrotou o Everton neste sábado. O Manchester United caiu para a quarta posição, com 20, e fica empatado com o West Ham, que está na frente pelos critérios de desempate.
Os dois técnicos resolveram povoar os seus meios. Com muitos desfalques, Manuel Pellegrini escalou Fernando, Fernandinho e Yaya Touré para tentar dar liberdade a Sterling e De Bruyne, com Bony na frente. Louis van Gaal continuou deixando Memphis de fora e fez uma escalação parecida com a do rival, com Rooney isolado na frente, Martial e Mata logo atrás, com Herrera, Schneiderlin e Schweinsteiger, dando espaço para os laterais Valencia e Rojo.
As escalações tornaram o jogo travado no meio. Passar era difícil. Só mesmo com muita velocidade ou com algum erro rival, o que era raro. De Bruyne e Sterling buscaram tabelas, e o inglês chegou a finalizar, mesmo que bloqueado pela defesa. Do outro lado, Martial buscava jogadas individuais, Rooney aparecia bem, e Mata e Herrera estavam apagados. Até o meio do primeiro tempo, nenhuma chance de gol, e o lance que mais se destacou foi o choque entre Kompany e Rooney, abrindo a cabeça do atacante do United.
Na reta final do primeiro tempo, Yaya Touré se soltou e ainda conseguiu três finalizações, inclusive uma cabeçada perigosa que foi ao lado da trave. Já o United foi para o intervalo sem nem um chutinho sequer.
No segundo tempo, o United até foi para a frente e chegou a finalizar - embora sem nenhum perigo. Pellegrini não demorou a mexer e colocou Navas na vaga de Sterling. Entrou velocidade, saiu um pouco de técnica, e ficou por isso mesmo. Sem grandes mudanças práticas.
O time da casa acabou crescendo. Mata teve boa chance em vacilo da defesa do City, mas Hart foi mais rápido e fez a defesa. Van Gaal seguiu deixando Memphis no banco e optou pelo jovem Lingard no lugar de Mata. Na teoria, também não mudaria os posicionamentos. Os dois técnicos mostravam não estar com a ousadia em dia e mantinham as escalações.
Na reta final, Schweinsteiger saiu e veio Fellaini, dando gás na faixa central, enquanto Pellegrini sacou Touré para colocar o zagueiro Demichelis, fechando-se ainda mais. E as chances para os diabos vermelhos surgiram. Na reta final, Lingard ainda teve uma boa oportunidade, acertando o travessão após lançamento de Martial, e Smalling obrigou Hart a se esticar todo. Mesmo assim, nenhum placar além do 0 a 0 seria mais justo para o fraco jogo em Manchester.