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Brasil enfrenta o Peru em busca de tranquilidade nas Eliminatórias

Seleção deve contar com Gil como titular na zaga ao lado de Miranda; Jemerson e Gabriel Paulista também disputam a vaga

Rafael Ribeiro / CBF
Gil é o favorito a assumir a posição de titular diante do Peru

Para se manter no G-4 das Eliminatórias para a Copa do Mundo 2018 - e, quem sabe, até chegar ao terceiro lugar -, o Brasil precisa vencer o Peru, preferencialmente com alguma margem de gols. A equipe de Dunga entra na rodada no quarto lugar, com a mesma pontuação de Paraguai e Colômbia, mas com saldo maior. Por isso, pode cair de posição mesmo se ganhar a partida desta terça-feira, às 22h, na Fonte Nova. Mas também pode chegar ao terceiro lugar com uma combinação de resultados. Assim, além de valorizar o ataque, o momento é de fechar a defesa.

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No ataque, a dúvida é a presença de Ricardo Oliveira. O goleador do Brasileirão teve atuação discreta contra os argentinos e pode ser substituído por Douglas Costa, que participou do gol de Lucas Lima. Esta alteração deslocaria também Neymar, que passaria a ser o jogador mais adiantado, na função conhecida como falso nove, com liberdade de deslocamento.

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Na defesa, para o lugar de David Luiz, expulso na rodada anterior, Dunga terá três opções. A lógica indica que Gil, do Corinthians, sai na frente. Foi ele quem entrou nos minutos finais da sexta-feira, depois do cartão vermelho ao zagueiro do PSG. As outras duas hipóteses são Gabriel Paulista, do Arsenal, e Jemerson, do Atlético-MG, convocado no sábado.

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Se optar por Gil, Dunga apostará na experiência. O zagueiro é o mais velho dos três e já entrou em campo quatro vezes pela Seleção. Foram três amistosos, um deles começando como titular, e os últimos minutos do duelo contra os argentinos. Faz um Brasileirão seguro pelo Corinthians e só foi suspenso duas vezes, com os seis cartões amarelos recebidos em 31 jogos que disputou pelo líder da competição. O time tem a melhor defesa, levou apenas 26 gols em 34 partidas, e o zagueiro está empatado com Geromel na liderança da Bola de Prata, o prêmio da revista Placar aos melhores jogadores. Prêmio, aliás, vencido pelo zagueiro no ano passado.

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Gabriel Paulista, que há três anos está na Europa após passagem pelo Vitória, tem a seu favor a vivência adquirida por jogar no Arsenal. Foram seis partidas na Premier League deste ano. Numa delas, porém, decepcionou: em setembro, no Stamford Bridge, caiu na provocação de Diego Costa, no clássico contra o Chelsea, e acabou expulso, comprometendo a atuação do time, que foi derrotado por 2 a 0.

Jemerson ocupa a terceira posição da Bola de Prata, atrás de Gil e de Geromel, do Grêmio. É o mais jovem dos três, com 23 anos. A opção por ele se justificaria pela excelente aparição na bola aérea, tanto ofensiva quanto defensiva. Pelo Atlético-MG, no Brasileirão, já marcou quatro vezes. Tem boa velocidade e capacidade de recuperação nas jogadas por baixo. A seu favor, também, o costume de atuar pelo lado esquerdo, posição de David Luiz na zaga de Dunga.

O técnico, mais uma vez, despistou na entrevista coletiva sobre o titular na posição. Preferiu manter o mistério e deixar para divulgar apenas momentos antes da partida. A resposta sobre a zaga indicou que Gil deve, de fato, ganhar uma chance. Mas, como sempre, deixou margens para mais de uma interpretação:

- A forma de jogar continua a mesma. Muda a característica do jogador e de quem está ao lado, precisa se adaptar à característica do companheiro, mas a Seleção tem sua forma de jogar.

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