
Fazer gol. Essa é a orientação do moderno Roger a seus volantes. É de se comemorar que o ultrapassado futebol brasileiro já tenha técnicos que entendem as novas funções desses jogadores.
Em meio às congestionadas linhas de marcação, o meia clássico quase não tem tempo de respirar. Deixá-lo como único portador das obrigações ofensivas do meio-campo é cruel. O volante, menos visado pelo adversário, tem mais tempo e espaço para criar. Natural que seja importante, também, na tarefa de construir e finalizar as jogadas.
Foi-se o tempo em que volante se limitava a destruir. Já há alguns anos os principais times do mundo identificaram a necessidade de escalar jogadores técnicos à frente da área. Surgiram jogadores como Pirlo, Kroos e Xabi Alonso, entre outros. No Brasil, seguimos sofrendo com a carência de volantes que saibam jogar.
O Grêmio tem em Maicon uma peça decisiva, justamente por sua capacidade de organizar o jogo lá de trás. Com a força física de Walace, forma uma grande dupla. Walace que, aliás, fez um golaço no primeiro teste tricolor na temporada, contra o Sindicato dos Atletas. Parece ter ouvido a orientação do chefe.
* ZH Esportes