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O grande número de jogadores atuando na Europa – e há muito tempo – está cobrando seu preço no desempenho da Seleção Brasileira durante as Eliminatórias da Copa do Mundo. Ao menos foi isso que o volante Luiz Gustavo deu a entender neste domingo, durante entrevista coletiva concedida no Hotel Vila Ventura, em Viamão, local em que o time de Dunga se prepara para enfrentar o Paraguai na próxima terça-feira, às 21h45min, em Assunção, no Paraguai, pela sexta rodada da competição.
O jogador do Wolfsburg, da Alemanha, diz que a grande quantidade de cartões que a Seleção tem recebido ao longo da eliminatórias – e que culminaram na suspensão de Neymar e David Luiz para a próxima partida – se deve pelo estilo diferente de arbitragem.
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– Aqui os jogos são mais competitivos, o juiz deixa mais o jogo rolar. Vários lances de falta na Europa, aqui não são nada. Isso gera muita frustração. Temos que corrigir as situações, pois são coisas que podem atrapalhar. Precisamos corrigir para estarmos em campo o maior número de vezes possível – opinou o jogador.
A ausência de Neymar e David Luiz para o próximo jogo – a dupla foi até liberada e não está com o grupo em Porto Alegre – também foi abordada na entrevista, mas não parece preocupar o jogador.
– É um perda grande, mas temos outros jogadores de qualidade. O Dunga é inteligente e com certeza saberá o que é melhor para a Seleção – disse Luiz Gustavo.
Último jogo
O empate por 2 a 2 cedido ao Uruguai na sexta-feira – após a Seleção abrir 2 a 0 no placar – incomodou os grupo. O volante acredita que o resultado ruim para quem estava jogando em casa se deu por falhas em "pequenos detalhes".
– Pagamos um preço alto. Mas todo mundo aqui fez autocrítica. Sabemos que erramos e temos que corrigir para que os resultados positivos aconteçam com mais frequência – lamentou.
E o jogador acredita que essa vitória tem que vir o quanto antes, de preferência já na terça-feira. Uma derrota ruim pode até tirar a Seleção da zona de classificação para a Copa da Rússia. Como a sétima rodada das eliminatórias está agendada só para setembro (contra o Equador, em Quito), a equipe ficaria quase seis meses pressionada.
– Espaço grande até próximo jogo. Não seria fácil. Mas ainda não podemos nos preocupar com a tabela. Todos merecemos estar aqui. Trabalhamos muito para estar aqui – acrescentou.
* ZHESPORTES