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O gaúcho Giovani Decker assumiu, em março de 2013, a função de presidente do UFC no Brasil. Com o objetivo de potencializar os lucros da maior organização de MMA do mundo no país, o dirigente traçou estratégias e mudanças em relação ao que se fazia antes. Entre elas, a diminuição do número e aumento da qualidade de eventos, concentrando os lutadores nos principais cards. O próximo é o UFC 198, que será disputado em 14 de maio – na Arena da Baixada, será o primeiro card do Ultimate em um estádio de futebol na América do Sul.
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Como você traça os planos para o UFC no Brasil?
Nosso objetivo é fazer em média quatro eventos bons por ano. Antes, eram mais eventos, mas com menor qualidade. De repente, no futuro, podemos fazer mais eventos novamente deixando claro para o público que são níveis diferentes. Alguns, com os principais atletas do ranking, com ingressos mais caros, e outros eventos para ver na TV, com prospectos. Precisamos deixar essa diferença mais clara. Este ano, por causa da Olimpíada, vão ser três eventos.
Há a intenção de fazer novos eventos em Porto Alegre, possivelmente com o Werdum?
O Werdum adoraria lutar aqui. Como gaúcho, eu também adoraria fazer eventos aqui. Mas tem uma limitação pelos estádios não serem cobertos. Eu não posso marcar um evento que envolve milhões e que o mundo inteiro está esperando sem a certeza de que ele vai acontecer. Nas arenas, como Gigantinho e Tesourinha, a capacidade é muito pequena para o porte dos eventos que pretendemos fazer.
A logística para fazer um evento em um estádio de futebol é muito diferente?
É muito mais complexo. Tem toda uma questão de segurança, além de prezarmos pela honestidade com o torcedor. Há muitos pontos cegos no estádio, então há locais onde não vendemos ou vendemos por preços mais baratos. Na Arena da Baixada, ganhamos em termos de capacidade ao colocar cadeiras no gramado, mas temos esta perda. Nossa expectativa é de vender todos os ingressos e ter um público de 48 mil pessoas.
*ZHESPORTES