
Exatos três meses atrás, no dia 13 de julho, o Juventude apresentava o zagueiro Micael. Era apenas uma nova opção que chegava para compor o grupo após a saída de Heverton para o Sampaio Corrêa. Nem o clube, nem o jogador poderiam imaginar que aquele momento teria um impacto fundamental na trajetória que culminou com o acesso alviverde para a Série B.
De quarta ou quinta alternativa para a defesa, Micael se transformou em titular nos últimos jogos da Copa do Brasil e na reta final da Série C com atuações seguras e o estilo "zagueirão rebatedor".
– Primeiro preciso agradecer pela oportunidade que me foi dada. Cheguei aqui respeitando muito os atletas que estavam no Juventude. Eles já vinham com grandes conquistas desde o Gauchão e precisava ter essa postura. Na hora que o grupo precisasse, estaria disponível. E, graças a Deus, consegui fazer bons jogos – comenta Micael.
Após disputar o Gauchão pelo Veranópolis, Micael passou um período sem clube até receber a ligação do diretor executivo Flávio Campos. No Jaconi, encontrou a oportunidade que precisava e um objetivo a cumprir.
– Olhando de fora, sempre pensava: um dia quero jogar lá. E outra situação foi acreditar em mim. Sabia que tinha condições de chegar e ajudar. Agora, a sensação é de dever cumprido, de que a gente deu o nosso melhor e conseguiu – resume o zagueiro.
Para o atleta de 30 anos, o grande segredo da maturidade apresentada pelo grupo alviverde em Fortaleza e nos grandes jogos do ano está no banco de reservas, com a experiência da comissão técnica.
– A nossa comissão técnica pensa muito e não faz nada de exagero. Apesar de ter meninos jogando, nosso time tem muita personalidade. Acontece naturalmente. Não foi preciso dizer que era preciso acalmar o jogo. Deu certo em Fortaleza e ficamos muito felizes por isso – diz o defensor.
Agora, para Micael, é difícil falar em prioridade na reta final da temporada. O título ou uma vaga nas semifinais da Copa do Brasil? O jogador defende que o time precisará pensar jogo a jogo. E o primeira desafio será a semifinal diante do Boa Esporte, sábado, no Alfredo Jaconi.
– O que vier é lucro, mas vamos dar o nosso melhor porque queremos chegar longe nas duas competições. É muito difícil projetar o jogo antes. Claro que teremos nossa preparação, mas sabemos que eles (Boa Esporte) fizeram dois gols no final contra nós e da mesma forma para conseguir o acesso. Precisaremos estar atentos até o fim – projeta.