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Com um pé na Rússia graças à sequência de cinco vitórias seguidas desde que Tite assumiu a Seleção, o Brasil encara no início da madrugada desta quarta-feira um Peru revigorado, em Lima, às 0h15min (de Brasília). A meta de fechar o ano mantendo a liderança das Eliminatórias e os 100% de aproveitamento com o técnico gaúcho.
A sete rodadas do fim, Neymar e companhia somam 24 pontos, sete de vantagem sobre o Chile, quinto colocado e que hoje disputaria a vaga na Copa de 2018 na repescagem.
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Nessa situação confortável, carimbar a vaga para Mundial é mera formalidade. Por ironia do destino, o adversário da vez será justamente um dos responsáveis pela chegada do ex-treinador do Corinthians ao cargo. Foi com derrota por 1 a 0 para o Peru que o Brasil caiu na primeira fase da Copa América do Centenário, tornando praticamente inevitável a demissão de Dunga.
A contundente vitória sobre a Argentina na última rodada encheu a equipe de confiança e ainda ajudou a curar as feridas do fatídico 7 a 1, dois anos e meio depois da humilhação diante da Alemanha na semifinal da Copa de 2014, no mesmo Mineirão.
Neymar venceu com louvor seu duelo particular com Lionel Messi, seu companheiro de clube no Barcelona, e aproveitou para alcançar mais uma marca impressionante: o gol de número 50 em 74 jogos com a amarelinha, com apenas 24 anos.
Com todos esses números expressivos, a seleção peruana, que ocupa apenas a oitava posição nas Eliminatórias, pode parecer presa fácil, mas os comandados do técnico argentino Ricardo Gareca mostraram na última rodada, ao golear o Paraguai por 4 a 1 em pleno Defensores del Chaco de Assunção, que ainda são capazes de brigar por uma vaga na Copa. Apenas três pontos atrás Chile, o Peru entrou de vez no bolo de países com chances de classificação.
Os destaques do time são velhos conhecidos dos brasileiros, o meia Christian Cueva, do São Paulo, e o atacante Paolo Guerrero, hoje no Flamengo, que foi o grande herói da principal conquista de Tite como treinador: o Mundial de Clubes de 2012, com o Corinthians.
Realista, Gareca, que foi técnico do Palmeiras em 2014, antes de assumir a seleção peruana, sabe que sua tarefa não será nada fácil.
– Vamos enfrentar um Brasil que vem com uma efetividade notável. Se quisermos ganhar, temos que mostrar nossa melhor expressão e nos desdobrar na defesa e no ataque para amenizar o poderio do adversário – analisou o treinador argentino.
Na Seleção, a única mudança na formação que começou a partida contra Argentina será Filipe Luís na lateral esquerda, no lugar do suspenso Marcelo.
A CAMPANHA COM O TITE
Equador 0x3 Brasil
Brasil 2x1 Colômbia
Brasil 5x0 Bolívia
Venezuela 0x2 Brasil
Brasil 3x0 Argentina
5 jogos (100% de aproveitamento)
5 vitórias
15 pontos
15 gols a favor
1 gol contra
*AFP