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Recém chegado à cidade de sua família, Nova Hartz, Alan Ruschel aproveitou para comer o primeiro churrasco desde o acidente na Colômbia. Após o almoço e a reunião com os familiares, o lateral falou com a Rádio Gaúcha e Zero Hora, rapidamente, sobre a sua recuperação. Entre outras coisas, Ruschel falou em "nascer de novo", agradeceu a força dos profissionais colombianos e comemorou muito seu retorno à Nova Hartz:
– Uma sensação única, calorosa, voltar para casa, ver familiares. Pai, mãe e irmãos reunidos. Para mim que nasci de novo foi gratificante.
O jogador reafirmou o que disse na coletiva de ontem sobre voltar aos gramados:
– Tem um período de três meses para fixar a coluna, mais três para massa muscular, mas acredito que em cinco ou seis meses posso voltar a jogar. Quero ir um dia de cada vez. A gente nunca sabe o que vai acontecer em 15 minutos. Eu sai para jogar, estava planejando o final de ano e aconteceu o que aconteceu.
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Esta recuperação ainda não tem um local definido, mas já há convites:
– Está indo tudo bem, tudo muito rápido na evolução. A Chapecoense me deixou as portas abertas para voltar para lá. O Inter também. Estou emprestado e o Inter deixou as portas abertas para recuperação.
O gaúcho não lembra do ocorrido na noite do acidente:
– Não lembro nada antes do acidente. Lembro da gente saindo de Santa Cruz e eu acordando no hospital. Deus me deu uma nova oportunidade de viver. Procurei não olhar muitas notícias, para não ver coisas que eu não ia gostar. Pelo que eu percebi dava para ser evitado. Então vou procurar viver minha vida um dia de cada vez. Deus me deu uma nova oportunidade de viver, como o Neto, Follman, Rafael e os tripulantes.
O pai e a noiva de Alan Ruschel comunicaram o jogador de todo o trabalho feito pelos colombianos na sua recuperação:
– Disseram que foi coisa de outro mundo, caloroso. Quero agradecer aos médicos e a todos envolvidos na recuperação. As mensagens de força e as orações por mim. (...) Tenho muita vontade (de ir para a Colômbia). O que fizeram por mim lá, não tenho medo de falar, foi de outro mundo.
Por fim, o lateral projetou que a Chapecoense seguirá o seu caminho de crescimento no Brasil:
– A Chapecoense foi um clube que cresceu muito nos últimos anos, era muito carismático. Nos jogos que a gente foi, não lembro de a gente ser xingado. No jogo com o Palmeiras, antes de viajar, a gente tomou banho, ficou ali no campo e o pessoal dando força para o jogo dizendo que seriamos campeões. (...) A Chapecoense é um clube muito querido, com certeza, com a ajuda de todo mundo, vai se reerguer.
*RÁDIO GAÚCHA