Esportes

Opinião

Leonardo Oliveira: ninguém sabe o que fazer com a Arena Pernambuco

Colunista analisa situação de um dos estádios construídos para a Copa

Leonardo Oliveira

Enviar email

A volta para casa do Náutico é reflexo direto do quanto a Arena Pernambuco virou um problema. O clube abandonou os Aflitos em em 2013, quando fechou contrato com a Arena Pernambuco – receberia R$ 500 mil mensais por 33 anos para mandar seus jogos lá. Mas o acordo foi desfeito há alguns meses.

Leia mais:
Tottenham divulga imagens das obras de seu novo estádio
Flamengo acerta acordo de patrocínio com a Uber
Governo da Bolívia culpa LaMia e piloto por acidente com voo da Chapecoense

Aliás, o estádio erguido para a Copa está à procura de um inquilino. O governo estadual e a Odebrecht desmancharam a parceria público-privada. A construtora receberá a multa de R$ 248 milhões – em 15 parcelas anuais de R$ 16 milhões – e ainda busca na Justiça outros R$ 250 milhões. Na imprensa de Recife, a informação é de que o custo total da obra ficou em R$ 743 milhões.

O governo, para estimular os clubes de Recife a jogarem lá, acerta contratos pontuais. Houve partidas em que cedeu a bilheteria para o Náutico e ficou apenas com a receita do estacionamento, me contou por telefone o vice de patrimônio do clube, Stênio Cuentro.

O problema é que o estádio fica longe – em São Lourenço da Mata, na região metropolitana de Recife. O metrô deixa os torcedores a 2,5 quilômetros – e a companhia de trens relata rotina de depredações e violência dos torcedores das organizadas. Em muitos jogos noturnos, não oferece o serviço ao final da noite. A saída é usar o carro ou ônibus, e nesses se embarca sempre com medo da iminência de uma pancadaria.

Dois anos e meio depois da Copa. a Arena Pernambuco ainda não cativou os pernambucanos.

GZH faz parte do The Trust Project
Saiba Mais
RBS BRAND STUDIO

Sala de Redação

13:00 - 15:00