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Ninguém marcou mais gols pelo Atlético Nacional do que Victor Hugo Aristizábal. Foram mais de 200 gols pelo clube, o qual encantou o mundo com as homenagens da última quarta-feira após o acidente aéreo que vitimou a delegação da Chapecoense. Em entrevista ao Sábado Esporte, da Rádio Gaúcha, Aristizábal relatou o dia da tragédia em Medellín e comentou o gesto do clube colombiano.
– É um momento realmente muito difícil, tanto para os colombianos, brasileiros como também para o mundo. Deixo meus sentimentos aos familiares, que são os que mais sentem – afirmou Aristizábal.
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Em casa, no dia do acidente, o ex-jogador contou que foi informado por um amigo repórter sobre o acidente:
– Ele me ligou dizendo que um avião que levava um clube brasileiro tinha caído. Foi algo inacreditável. Todos ficaram paralisados. Foi realmente difícil para nós.
Sobre a homenagem feita pelo Atlético Nacional no estádio Atanasio Girardot, Aristizábal explicou o motivo de tanta solidariedade do clube e das pessoas na cidade.
– Aqui em Medellín, o povo colombiano sempre ajuda quem precisa porque sofreu demais décadas atrás. Os brasileiros são como irmãos da gente. Eu fui criado no Atlético Nacional e depois me aposentei aqui. Minha identificação é muito grande com o clube. O gesto foi demais. O que interessa primeiro é a vida das pessoas – salientou o ex-jogador.
Aristizábal, campeão brasileiro pelo Cruzeiro em 2003, afirma que não tinha contato com as vítimas do acidente. Conheceu apenas Mário Sérgio, ex-jogador da dupla Gre-Nal, em sua passagem pelo Brasil. Aliás, local do qual ele sente saudades:
– Eu ainda mantenho contato com muitas pessoas. Converso bastante com o Alex. Não escondo que tenho saudades do Brasil. Isto é bom porque o futebol proporciona isso.
*GAÚCHA