Rodrigo Faraco
Depois de tudo que vi neste final de semana, a certeza aumentou: a Chapecoense vai voltar forte. Talvez ainda não seja de bate-pronto, como um chute certeiro de Bruno Rangel. Talvez ainda não tenha a solidez de Thiego ou a agilidade de Danilo. Mas vai ter a segurança de Cléber Santana e a força de Dener. Os primeiros passos certamente ainda serão difíceis. Mas a energia que este povo vai empregar nesta reconstrução vai garantir a volta. O jeito sério de fazer as coisas deste povo vai garantir o compromisso.
E a força da indústria do Oeste do Estado vai garantir a fila de empresários da região querendo entrar no projeto. É claro que vai faltar a energia do Sandro, a lucidez do Maurinho e a capacidade e a visão do Cadú. Mas com muito respeito ao trabalho de excelência realizado pelos três nestes últimos anos, quem estiver no lugar que era deles vai fazer com muito zelo. Somos todos Chapecoenses – e não é só uma frase.
É realidade de quem torce com todas as forças pra ver de pé o clube que é o orgulho do futebol catarinense. Para de pé de novo o time entrar em campo em 2017.
Clubes começam a se mobilizar
O Boca Juniors, gigante da Argentina, foi o primeiro e anunciar que não voa mais com fretados. A partir de agora só voos comerciais. Mas a questão nem é essa. A questão é que, fretados ou comerciais, os voos dos times nas competições sul-americanas precisam ter uma chancela da Conmebol, precisam ter mais segurança.
Não é possível mais que a Confederação lave as mãos e não assuma responsabilidades. É possível fazer como no brasileiro e agregar empresas parceiras para os voos da Libertadores e da Sul-Americana. O que não pode é o desastre com a Chapecoense não resultar num cuidado maior, numa responsabilidade maior. O que houve não foi fatalidade ou acidente. Houve negligência de muitos e irresponsabilidades de alguns.
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