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O Campeonato Carioca tem o Flamengo como campeão, um título invicto. Neste domingo, em um Maracanã lotado por 58 mil pagantes, a vitória de virada por 2 a 1 sobre o Fluminense foi construída na reta final do segundo tempo, o desfecho perfeito para a trajetória vitoriosa do time de Zé Ricardo na edição 2017 da competição.
Com o resultado de hoje, o Flamengo, que tinha vencido o jogo de ida por 1 a 0, amplia a vantagem como "rei do Rio", faturando o estadual pela 34ª vez. Guerrero e Rodinei foram os heróis da jornada rubro-negra, enquanto Henrique Dourado balançou as redes pelo Flu.
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Flu veio com tudo
Abel avisou antes do jogo: o Fluminense não repetiria a postura cautelosa, como nos primeiros 90 minutos da final. A proposta tricolor, até pela necessidade óbvia de balançar as redes, seria "incendiar" o clássico desde o começo. E assim foi. Com um Flamengo ainda em aquecimento, o Flu abriu o placar, com Henrique Dourado. O Ceifador aproveitou que a cobrança de escanteio foi desviada na direção do primeiro poste e levou a melhor na disputa pelo alto com Réver.
Tomando um golpe com menos de três minutos e vendo a vantagem evaporar, o Flamengo passou a tentar sufocar o Fluminense. Mas, sem um armador de natureza, já que Trauco foi improvisado como meia central, as coisas ficaram complicadas. Foi muito chutão e várias bolas esticadas, sem sucesso, para os velocistas Berrío e Everton.
A exceção à regra de jogadas frustradas rubro-negras, com o ingrediente da boa marcação tricolor, foi uma finalização de Everton que exigiu de Cavalieri uma defesa impecável. Essa ocasião, inclusive, só aconteceu porque Zé Ricardo já tinha começado a buscar alternativas ofensivas, invertendo Everton e Berrío de lado.
No segundo tempo, o Fluminense manteve a proposta de abafar para resolver a parada. Só que o gol não veio nos minutos iniciais, apesar do espaço que o Fla deu para as incursões tricolores no setor ofensivo.
Zé Ricardo, então, apostou em mais mudanças táticas. O quadro usado foi parecido com o que deu certo contra a Universidad Católica, com Rodinei jogando como meia aberto na direita. O resultado não foi tão imediato porque o time não estava tão inspirado como na quarta-feira anterior.
Enquanto isso, o Flu nem os contra-ataques conseguia encaixar mais, só que passou a apostar em bolas alçadas na área. Mais ligada, a defesa rubro-negra se salvou como pôde.
Guerrero surge
O tempo foi passado. A disputa por pênaltis já se desenhava, um roteiro que repetiria a decisão da Taça Guanabara. Mas Paolo Guerrero aproveitou o rebote de Cavalieri e empatou o jogo. Era o resultado mínimo para a confirmação da conquista do Flamengo.
O Rubro-Negro, que ficou em vantagem numérica após a expulsão de Diego Cavalieri, não deixou a chance escapar. E até conseguiu colocar uma pá de cal sobre a "sepultura" do Flu no último lance do jogo, com Rodinei fazendo o segundo gol.
Após três anos, a torcida do Flamengo volta, com autoridade, a soltar o grito de campeão estadual.
*Lancepress