
É claro que a hierarquia mostra que o treinador é o profissional que comanda e o jogador é o comandado. Isto é a ordem natural das coisas em qualquer clube de futebol. Acontece que quando há dentro do grupo um atleta com a história como Marquinhos tem no Avaí, a coisa não é tão simples assim. Se fosse qualquer outro jogador, a discussão não seria tão grande.
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Mas Marquinhos fez muito pelo clube e merece esta reverência. De certa forma, ele também tem um grau de hierarquia dentro do clube. Que não dá direito de se insubordinar ao treinador, nem mesmo desrespeitar – não foi o caso. Mas quando se fala de Marquinhos no Avaí não está se falando de qualquer um que chegou, vestiu a camisa e jogou uma temporada.
Está se falando de alguém que ajudou o clube a construir sua história nos últimos 20 anos. M10 é um dos nomes mais significativos da história do Avaí – isto ninguém discute!
Fez o que era preciso
A entrevista de Marquinhos coloca um ponto final na discussão que tomou conta do noticiário depois do jogo de domingo. Pelo menos até a próxima partida, a decisão em Chapecó. Era o que o Avaí precisava no momento. Um pouco de paz para trabalhar muito, pois a missão no Oeste do Estado é duríssima.
O Leão precisava agregar forças. Depois de domingo a conversa até pode ser outra, mas também vai depender do que ocorrer em campo. Marquinhos sai fortalecido do episódio, mas vai ser duplamente cobrado. Sabe que tem que jogar muito.
Claudinei também passa pelo momento mais crítico desde a chegada dele no Avaí. Sabe que todas as pressões também estão sobre ele.
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