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O Grêmio precisava fazer um jogo de erro zero na Arena. Porque esse Corinthians se defende com solidez, marca com disciplina germânica. Não à toa levou apenas cinco gols em 10 jogos, média de meio por partida. Mas o Grêmio errou. Duas vezes. Errou no gol de Jádson, quando permitiu mais uma arrancada de Paulo Roberto até o lado da área, que culminou em falha técnica de Grohe, e errou quando Luan cobrou o pênalti com um uma certa moleza que não combinava a tensão do jogo.
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Afora isso, o Grêmio fez um confronto igual com o Corinthians. Buscou o gol, insistiu. Renato mudou, abriu o time, terminou com um jogador de marcação. Fez o que deveria fazer. Em jogo de iguais, é assim mesmo, um detalhe faz a diferença. O Corinthians adota um futebol pragmático, abraçou a ideia de seu técnico, de buscar prazer na marcação e esperar um equívoco do adversário para encontrá-lo. Não se constrange disso e escora-se nos 87% de aproveitamento e os 10 pontos de vantagem para o terceiro colocado. O Grêmio, por sua vez, também marca forte, mas busca amaciar a bola e jogar com ela na mesma medida.
Fica a frustração de perder um confronto direto pela liderança, de cair no maior jogo do Brasileirão até aqui e de colocar 54 mil pessoas na Arena e não entregar o resultado para elas. Talvez tenha faltado um pouco mais das individualidades, principalmente, de Luan, o jogador capaz de desmontar a dribles um ferrolho como o do Corinthians. Fica a lição e a casca criada para os grandes jogos que virão ainda nesta temporada.