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Sem o craque Cristiano Ronaldo, Portugal precisou da prorrogação para conseguir a vitória por dois a um sobre o México, neste domingo (2), e fechar a participação na Copa das Confederações com a medalha de bronze.
O México abriu o placar aos nove minutos do segundo tempo, com o português Luís Neto empurrando para as próprias redes. Pepe buscou o empate, aos 46, e levou o jogo para a prorrogação. No tempo extra, Adrien fez de pênalti aos 13 e selou a vitória lusa.
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A partida foi marcada pelas excelentes atuações dos goleiros de ambas equipes. Guillermo Ochoa pegou um pênalti de André Silva e quase garantiu a vitória mexicana com grandes defesas. Do outro lado, Rui Patrício salvou os portugueses com belas defesas na prorrogação.
Além da medalha de bronze como consolação, Portugal embolsou US$ 3 milhões (cerca de R$ 9,9 milhões), enquanto os mexicanos levaram US$ 2,5 milhões (cerca de R$ 8,2 milhões) para casa, em partida com 42.659 espectadores no estádio de Moscou.
– Nossa vitória foi lógica. Tínhamos de vencer antes porque não deixamos o México ficar com a bola. É um privilégio ter esses jogadores – afirmou o técnico português Fernando Santos.
A final do torneio vai ser disputada neste domingo (2) entre Chile e Alemanha, às 15h pelo horário de Brasília, no estádio de São Petersburgo. A partida marca o duelo entre o jovem time europeu e o experiente grupo sul-americano.
Ochoa salva
O campeão europeu sentiu falta da precisão ofensiva do craque Ronaldo, artilheiro do time na competição. O atacante foi liberado da partida para conhecer os Eva e Mateo, que nasceram no dia 8 de junho, por meio de uma barriga de aluguel.
Mesmo com a ausência de CR7, Portugal começou melhor e propôs o jogo no início da partida, enquanto o México esperava o contra-ataque. Os lances não criavam perigo, mas, aos 13 minutos do primeiro tempo, André Silva recebeu lançamento e foi derrubado por Rafa Márquez dentro da área.
O árbitro titubeou para assinalar o pênalti e pediu o recurso de vídeo-arbitragem (VAR), que é comandado pelo brasileiro Sandro Meira Ricci. Ele revisou o lance e confirmou a falta do veterano zagueiro. O próprio André foi para a cobrança e chutou rasteiro no canto direito do goleiro Ochoa, que voou para buscar com a mão direita e jogar para escanteio, aos 16 minutos.
A partida esquentou e ambas equipes tiveram boas chances de abrir o placar, não fossem as atuações dos arqueiros Ochoa e Rui Patrício. O português salvou duas tentativas em sequência, aos 26 e 30 minutos..
Pepe empata no fim
Na segunda etapa, os times voltaram com o mesmo espírito e a partida continuou aberta. A primeira chance de gol foi dos portugueses, mas quem tirou o zero do placar foi o México.
Aos nove minutos, Chicharito fez jogada individual pelo lado esquerdo do campo e foi até a linha de fundo. O atacante cruzou para dentro da área, a bola desviou no caminho e matou o zagueiro Luis Neto, que, com o joelho, tocou para as próprias redes.
Com o gol, o México cresceu no jogo e foi para cima dos lusos, que reagiram na partida e também buscaram o empate. O problema era a excelente atuação de Ochoa. Aos 15 minutos, o goleiro salvou cabeçada de Gelson dentro da pequena área, em defesa de puro reflexo.
Precisando do empate para tentar levar o jogo para a prorrogação, o técnico Fernando Santos colocou o time para frente, com André Gomes, Quaresma e Adrien em campo. Já Osorio fechou o time e voltou a explorar o contra-golpe.
Já nos acréscimos, quando todos esperavam o apito final, o zagueiro brasileiro naturalizado português Pepe apareceu como centro-avante e completou cruzamento de sola para empatar o jogo, aos 46 minutos. A partida foi para a prorrogação.
Virada lusa
No início do tempo extra, o México começou melhor e pareceu não se abalar com o gol sofrido no fim da partida. Rui Patrício salvou na primeira tentativa.
Mas aos 12 minutos, Gelson dominou dentro da área, tentou um chapéu e Layun cortou com a mão. Pênalti que Adrien bateu aos 13 minutos e fez, no canto direito de Ochoa, que caiu para o outro lado e desta vez nada pôde fazer.
Na segunda etapa da prorrogação, Semedo levou o segundo amarelo e deixou Portugal com um a menos para os últimos 13 minutos de jogo. O México não teve muito tempo para aproveitar a superioridade numérica, já que, quatro minutos depois, Raúl Jiménez fez falta parecida e também levou o segundo amarelo.
Nos últimos minutos, o México foi para o abafa final e parou nas defesas de Rui Patrício. O fim do jogo ainda reservou a polêmica com o não uso do VAR em empurrão de Pepe em Héctor Moreno no fim da partida. O treinador Osorio pediu o vídeo de maneira exaltada e acabou expulso.
– O que pedíamos era que o árbitro fosse revisar na câmera, para ver se existia a possibilidade de pênalti – comentou o assistente do treinador Osorio, Humberto Sierra.