Para o tenista gaúcho Marcelo Demoliner, o ano olímpico também começou intenso na busca por uma vaga olímpica. O duplista brasileiro se destacou na temporada 2015 conquistando bons resultados em Grand Slams e, apesar da chance remota, sonha com os Jogos Rio 2016.
Demoliner é o número 74 do mundo nas duplas. O tenista natural de Caxias do Sul, de 26 anos, está atrás do mineiro André Sá - número 42 do ranking - que possui mais chances de classificação a Olimpíada. Porém, Demoliner tem uma carta na manga: o tenista número um do Brasil, Thomaz Bellucci.
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Em 2015, ambos jogaram Wimbledon e o Aberto dos Estados Unidos juntos e podem formar duplas nos Jogos Olímpicos se a somatória de seus ranking for o suficiente. Ao que tudo indica, Bellucci e Demoliner estão apostando na parceria. Em 2016, já disputaram dois torneios: o Aberto da Austrália e o ATP de Quito.
Demoliner (sacando) ao lado de Thomaz Bellucci. Imagem: Ecuador Open
Em simples, o sistema de classificação terá a definição dos primeiros 56 classificados diretamente com base no ranking até o dia 6 de junho de 2016, logo após Roland Garros. Já nas duplas, o top 10 se classifica automaticamente e o restante das vagas são preenchidas por combinações de ranking (cada jogador usando o seu melhor ranking de simples ou duplas) - a esperança do tenista gaúcho para a disputa dos Jogos.
Durante sua preparação para o início da temporada, Demoliner atendeu a reportagem de ZH e contou sobre suas metas para o ano de 2016. Além de detalhar como o Centro Olímpico de Tênis, local que receberá a modalidade nos Jogos Olímpicos.
Confira na íntegra o entrevista exclusiva de Marcelo Demoliner:
Como foi a sua temporada de 2015 e o que você projeta para 2016?
Foi um ano especial, de muito aprendizado e também porque tive minhas primeiras vitórias em Grand Slams. Estou muito motivado para 2016, quem sabe se eu fizer um grande primeiro semestre e baixar o ranking, eu tenho chance de conseguir uma vaga para a Olimpíada. Não deixa de ser meu sonho, e vou fazer o possível pra conseguir meu objetivo. Tenho certeza que esse vai ser outro grande ano. Esse ano tenho certeza que vai ser outro grande ano, fizemos uma ótima pré-temporada na Tennis Route.
Você tem uma meta de ranking para o próximo ano? Acredita que essa vaga olímpica é possível?
Quero fechar o ano no top 50, vou buscar minha primeira final de ATP e quero disputar a Olimpíada. Acredito sim, seria um sonho a se realizar, vou me dedicar bastante para alcançar essas metas.
Você nasceu aqui em Caxias e hoje treina no Rio de Janeiro. Você acredita que essa mudança melhorou a desenvolver seu tênis?
Eu acho que com a experiência e o meu amadurecimento interno desses anos aqui no Rio estão sendo chaves para esses resultados. E estou muito feliz com essa decisão de ter ido para as duplas.
Foi complicado ter que decidir pelas duplas? O que te fez optar pelo por deixar o simples?
Não foi complicado não, pensando a longo prazo cheguei a decisão que tenho mais chances de ser bem sucedido nas duplas, só isso. Sempre joguei agressivamente na simples e isso está me ajudando bastante agora.
Como foi a experiência de ter inaugurado e testado o Centro Olímpico de Tênis?
Um privilégio! Complexo maravilhoso, está tudo muito bom. E espero que a CBT (Confederação Brasileira de Tênis) consiga ficar na administração desse complexo depois. O Brasil precisa de um Centro de Treinamentos como esse para que venha as próximas gerações e consigamos ser uma potência quem sabe no tênis mundial. O complexo é de nível internacional. Está incrível!
Quem são os favoritos na Olimpíada? Acredita na conquista da primeira medalha olímpica para o tênis?
Favorito pra mim é o Djokovic, ele está em um nível acima dos outros. Acredito e vou torcer muito para uma medalha nossa no tênis, e tenho certeza que a torcida vai ajudar bastante nessa questão.
*ZHESPORTES
